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O Garimpo da semana: Monsters

Não, este não o seu filme clássico de invasão alienígena. Nem de longe.

Por Isabela Boscov Atualizado em 22 jun 2017, 02h48 - Publicado em 26 out 2015, 18h19
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  • Não, este não o seu filme clássico de invasão alienígena. Nem de longe.

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    Uma sonda mandada a Europa, uma das luas de Júpiter, se espatifou sobre o México no seu retorno à Terra – mas trouxe consigo uma forma de vida que se deu muito bem por aqui, e que pouco a pouco está colonizando mais e mais áreas e erradicando delas os seres humanos..

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    Scoot McNairy, excelente como sempre, é Andrew, um fotógrafo que está cobrindo a “infecção” na América Central, onde ela aparentemente está se agravando mais e mais. A zona da fronteira entre México e Estados Unidos já está perdida: foi fechada por muros, é submetida a bombardeios aéreos constantes e ninguém pode circular por ela. Andrew, porém, é incumbido de escoltar Samantha (Whitney Able, também ela ótima), a filha de seu patrão, da América Central até os Estados Unidos. Nenhum dos dois quer a companhia do outro, mas eles serão obrigados a tolerar-se: as tentativas de arranjar transporte falham, e eles se veem na contingência de atravessar a zona proibida de barco, por regiões desoladas, onde a presença dos alienígenas é pressentida na destruição, na sensação de ameaça, nas eventuais rajadas de balas no meio da mata. Às vezes eles são vistos – apenas de relance, ou numa imagem de um noticiário.

    Monsters é um road movie, é uma alegoria sobre o pânico não raro irracional dos americanos em relação aos imigrantes que vêm por essas mesmas rotas tentar cruzar sua fronteira, é uma viagem de autodescoberta e também da descoberta de que o mundo em que se vive não necessariamente é como se imagina. É também, pouco a pouco, bem devagar, pisando com muito cuidado para não escorregar em nenhum clichê, uma espécie de romance. No último ato, finalmente avistam-se os alienígenas, e eu garanto que a cena é de tirar o fôlego: é linda, lírica, inesperada.

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    E quem fez esse filme tão original, tão diferente e tão cheio de atmosfera? Pois foi o inglês e então estreante em longa-metragem Gareth Edwards que, com um orçamento minúsculo, rodou tudo em locação, fez a câmera, fez os efeitos, recrutou os atores e figurantes entre o pessoal dos lugarejos em que estava filmando (exceto Scoot McNairy e Whitney Able, claro, que são profissionais do melhor gabarito – e que logo depois se casaram). Gareth Edwards, sobretudo, usou a imaginação, e tirou dela um pequeno colosso. Um talento assim não passaria despercebido, e a Warner rapidamente tratou de contratar Edwards para fazer Godzilla. E então, como é praxe entre os grandes estúdios, imediatamente tratou de pasteurizar tudo e não deixar que Edwards mostrasse nada do que o torna tão especial. Quem sabe ele dá mais sorte na Lucasfilm/Disney: Edwards já está trabalhando em Rogue One: A Star Wars Story, que deve ser lançado em dezembro de 2016. Que a Força esteja com ele.


    Trailer

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    MONSTERS
    Inglaterra, 2010
    Direção: Gareth Edwards
    Com Scoot McNairy, Whitney Able

     

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