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Minissérie ‘Super Pumped’ expõe as cavilosas manobras do fundador do Uber

Em cena, a vida do jovem idealizador do unicórnio mais influente do século - e criador de uma cultura corporativa particularmente tóxica

Por Isabela Boscov Atualizado em 4 jun 2024, 12h34 - Publicado em 25 fev 2022, 06h00
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  • Seria preciso muita ingenuidade, ou boa-fé, para supor que é possível a alguém construir um império de bilhões de dólares sem ter algo de implacável em seu caráter — e mais ainda no Vale do Silício, onde setores inteiros da economia são inventados do nada e outros, tornados obsoletos, e onde novas ideias são absorvidas ou neutralizadas de maneira impiedosa para consolidar megapólios. Até por esses padrões, porém, o Travis Kalanick retratado na minissérie Super Pumped (Estados Unidos, 2022), que estreia neste domingo, 27, no Paramount+, é assustador (muitos outros adjetivos vêm à mente, mas eles são impublicáveis). Kalanick, aqui interpretado por Joseph Gordon-Levitt, fundou o Uber em 2009, aos 33 anos. Em 2017, deixou a presidência da empresa porque nem sua exuberante arrogância natural já bastava para passar por cima da enxurrada de denúncias, que abrangiam desde práticas ilícitas — incluindo a espionagem de usuários — até uma cultura corporativa conivente com a exploração abusiva do trabalho e com o assédio sexual. O caminho até lá, porém, foi intenso e não raro espantoso, e é ele que a minissérie baseada no livro-reportagem de Mike Isaac e criada por Brian Koppelman e David Levien, a dupla de Billions — outra história de testosterona fora de controle —, reconstitui.

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    Gordon-Levitt é uma ótima escolha: traz ao Kalanick do início o entusiasmo do jovem que se acredita um agente do novo e acrescenta aos poucos as camadas de truculência, amoralidade e delírio megalômano. O outro elemento dessa composição — o fato de que os astros do ramo consideravam seu comportamento deplorável e nunca o deixariam jogar na sua liga — vem pelos olhos de outros, como o CEO da Apple, Tim Cook (Hank Azaria, em uma participação de arrasar), e sobretudo Bill Gurley, o investidor de capital de risco que bancou o Uber quando este era ainda um unicórnio. Experiente, equânime e respeitado no meio pela lisura, Gurley é o avatar do espectador: no ótimo desempenho de Kyle Chandler, vê-se Gurley cada vez mais atônito com a ferocidade do predador que pôs à solta e que julga ser sua obrigação coibir. Em menos de uma década, a uberização do trabalho avançou bem além do Uber, por todos os setores e pelo mundo. Gurley tentou. Mas falhou.

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    Publicado em VEJA de 2 de março de 2022, edição nº 2778

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