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Por Coluna
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Duas boas estreias com sotaque britânico

Tanto “Estrelas de Cinema Nunca Morrem”, com Annette Bening, como “Somente o Mar Sabe”, com Colin Firth, retratam figuras reais

Por Isabela Boscov Atualizado em 27 abr 2018, 11h00 - Publicado em 27 abr 2018, 11h00

É compreensível que, em Estrelas de Cinema Nunca Morrem, o espectador pense estar diante de uma figura de ficção: Gloria Grahame, a atriz – real – que Annette Bening interpreta aqui, era tão imprevisível, grandiosa e alheia a convenções que mais parece uma personagem inventada por algum dramaturgo ou roteirista. Mas não, não é: estrela do cinema dos anos 50, quando filmou com astros como Humphrey Bogart, Robert Mitchum e Kirk Douglas e sob a direção de mestres como Fritz Lang, Vincente Minnelli e Nicholas Ray (com quem se casou, e com quem terminou num bafafá sem tamanho), Gloria viu a carreira declinar em razão de vários escândalos pessoais. O filme a flagra em 1981, durante uma modesta turnê teatral pela Inglaterra, quando, mal de saúde, ela procura Peter Turner (Jamie Bell), um ator bem mais jovem com quem tivera um romance dois anos antes. O diretor inglês Paul McGuigan (do Sherlock com Benedict Cumberbatch), porém, não está interessado em biografar Gloria – para isso seria preciso uma série com várias temporadas –, mas em capturar sua personalidade indomesticável, que tanto atraiu não apenas Peter (em cujas memórias o roteiro se baseia), como toda a sua família. O par central, ótimo nos seus papéis, ganha o apoio de Julie Walters, Kenneth Cranham e, numa única cena, Vanessa Redgrave.


Somente o Mar Sabe
Somente o Mar Sabe (Paris/Divulgação)

Somente o Mar Sabe é o inverso em tom e clima, embora também se concentre num momento crucial da vida de um personagem verídico. Em 1968, o inventor frustrado e iatista amador Donald Crowhurst (Colin Firth) pensou em pôr todos os seus sonhos em prática em um único lance: encorajado pela notícia da primeira circunavegação do globo realizada por um velejador solitário, com uma única parada em todo o percurso, ele lançou-se com gana no desafio seguinte, proposto por um jornal inglês – o de, por um prêmio de 5 000 libras, repetir a façanha, mas sem nenhum desembarque em terra. Em um trimarã de sua própria criação, financiado por um comerciante local da sua cidadezinha costeira inglesa de Teignmouth e mais despreparado ainda do que supunha, Crowhurst partiu relutante. Empenhara até a casa na empreitada; se desistisse, deixaria sem teto a mulher (Rachel Weisz) e os três filhos. Mas, antes mesmo de largar do cais, já percebera que teria um duro encontro marcado com sua arrogância e teimosia. James Marsh, o diretor de A Teoria de Tudo, sobre o físico Stephen Hawking, retorna à cinebiografia munido não apenas de um desempenho superlativo (mais um) de Colin Firth e de seu elenco excelente, como também de uma história verídica que inverte muitas das expectativas comuns no gênero. Ao mesmo tempo tensa e melancólica, a jornada de Crowhurst contrapõe a largueza da ambição humana com as limitações banais, mas trágicas, dos homens. A trilha, linda, é um dos últimos trabalho do compositor islandês Jóhann Jóhannsson, morto em fevereiro deste ano.


Trailers

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ESTRELAS DE CINEMA NUNCA MORREM
(Film Stars Don’t Die in Liverpool)
Inglaterra, 2017
Direção: Paul McGuigan
Com Annette bening, Jamie Bell, Julie Walters, Kenneth Cranham, Stephen Graham, Frances Barber, Vanessa Redgrave
Distribuição: Diamond
SOMENTE O MAR SABE
(The Mercy)
Inglaterra, 2018
Direção: James Marsh
Com Colin Firth, Rachel Weisz, David Thewlis, Ken Stott, Mark Gatiss, Jonathan Bailey, Andrew Buchan, Sebastian Armesto, Simon Chandler, Finn Elliott, Kit Connor
Distribuição: Paris

 

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