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Isabela Boscov

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Corpo Fechado

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Por Isabela Boscov Atualizado em 11 jan 2017, 15h57 - Publicado em 17 jan 2001, 16h08
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  • Do além ao aquém.

    Corpo Fechado é do mesmo diretor de O Sexto Sentido. Mas está longe de ser tão bom.

    O indiano M. Night Shyamalan sabe o que quer. Escreve seus roteiros sozinho, desenha cada seqüência antes de filmá-la e roda as cenas pela ordem do script, para jogar seu elenco na atmosfera do filme. Também cria papéis para atores específicos antes mesmo de consultá-los para garantir que estejam disponíveis. Acima de tudo, porém, Shyamalan quer fazer sucesso, notabilizar-se como um diretor arrojado e ganhar o Oscar. Afora a estatueta, conseguiu tudo isso, e em proporções superlativas, com O Sexto Sentido. O filme arrecadou 660 milhões de dólares, originou o bordão do ano 2000  – “Vejo pessoas mortas” – e deu a Shyamalan a reputação de ser um cineasta capaz de atingir o grande público sem subestimar sua inteligência. Foi natural, portanto, o estúdio dar-lhe controle total sobre sua produção seguinte, Corpo Fechado. Mas a coisa não deu certo. Aos 30 anos, ele ainda precisa receber conselhos de gente mais experiente.

    Corpo Fechado retoma muito do tom de O Sexto Sentido. Bruce Willis é David Dunn, um segurança que escapa de um medonho acidente de trem de forma milagrosa: todos os passageiros morrem, mas ele sai sem nenhum arranhão. De volta a sua casa, David é procurado por Elijah Price (Samuel L. Jackson), um excêntrico colecionador de revistas de histórias em quadrinhos que lhe propõe uma questão intrigante: por que ele, Elijah, não pode nem sequer andar sem que seus ossos se partam, enquanto David é “inquebrável”?

    Essa primeira parte de Corpo Fechado, em que o perplexo David tenta compreender onde estão seus limites físicos – ou a falta deles –, é tão extraordinária na concepção e na realização quanto O Sexto Sentido. Shyamalan é muito hábil em introduzir elementos fantásticos numa narrativa de estrutura realista. E como o fantástico, aqui, tem a ver com o universo das histórias em quadrinhos, Shyamalan cria o melhor “gibi filmado” que já se viu no cinema. Se fossem congeladas, as cenas, longas e lentas, poderiam ser cada uma delas um quadrinho de uma historieta. Mas o diretor erra justamente onde seu sucesso anterior mais acertava: no final. A partir do momento em que David tem sua grande revelação, o filme vira um festival de soluções fáceis e apressadas. Faz pensar que faltou a Shyamalan um bom amigo que lhe dissesse com franqueza que o desfecho está muito abaixo de suas possibilidades. Ele sem dúvida é um cineasta promissor, mas precisa comer um bocado de feijão antes de se proclamar “o novo Spielberg”.

    Isabela Boscov
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    Publicado originalmente na revista VEJA no dia 17/01/2001
    Republicado sob autorização de Abril Comunicações S.A
    © Abril Comunicações S.A., 2001

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    CORPO FECHADO
    (Unbreakable)
    Estados Unidos, 2000
    Direção: M. Night Shyamalan
    Com Bruce Willis, Samuel L. Jackson, Robin Wright, Spencer Treat Clark, Charlayne Woodard, Eammon Walker
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