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A Garota Dinamarquesa

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Por Isabela Boscov Atualizado em 30 jul 2020, 23h33 - Publicado em 10 fev 2016, 20h02
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    Dois grandes atores, uma boa história – e um filme que começa bem mas termina aguado

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    Por que alguns atores não impressionam da primeira vez que a gente os vê (nem da segunda, nem da terceira vez) e então, repentinamente, começa-se a achá-los especiais? Eles aprenderam a usar suas qualidades, ou a gente é que aprendeu a percebê-las? Em A Garota Dinamarquesa, temos dois casos desses de uma vez só: a sueca Alicia Vikander, que perdeu feio na comparação ao contracenar com Mads Mikkelsen em seu primeiro grande papel, em O Amante da Rainha, mas se mostrou excelente em Ex-Machina, O Agente da U.N.C.L.E. e Juventudes Roubadas; e o inglês Eddie Redmayne, que pareceu pálido e sem convicção em um punhado de trabalhos antes de começar a convencer, em Os Miseráveis – e de arrasar, em A Teoria de Tudo. Tanto Alicia quanto Redmayne são atores de imensa expressão física, e ambos fazem belíssima figura em A Garota Dinamarquesa (ela ainda mais do que ele).

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    O filme do diretor inglês Tom Hooper (de O Discurso do Rei e Os Miseráveis) é inspirado no romance de mesmo nome do americano David Ebershoff – que por sua vez se inspira de maneira bem livre e solta, com muitas licenças ficcionais (e muita descomplicação dos fatos verídicos), na história do pintor dinamarquês Einar Wegener, que na década de 20 foi um transgênero pioneiro e passou a ser Lili Elbe – uma transformação dramática não só para ele, mas também para sua mulher, a artista Gerda Wegener. A primeira metade do filme é muito boa: Einar e Gerda têm um casamento vivo e sólido que, no entanto, entra em curto-circuito a partir do momento em que Lili faz sua primeira aparição. Einar cada vez mais quer ser Lili; na verdade, sente que sempre foi Lili, embora não soubesse disso. Gerda quer ajudá-lo, mas naturalmente quer também impedi-lo; quer compreendê-lo, mas está cada vez mais confusa; e quer reconquistá-lo, mas agora tudo aquilo que sempre a tornou atraente para ele – a delicadeza, a feminilidade, a fibra, o jeito brincalhão – é o que não mais o atrai.

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    Alicia e Redmayne fazem um trabalho soberbo de construção física dos seus personagens e de reação um ao outro. Mas Tom Hooper é um diretor que só gosta dos conflitos aos quais possa dar alguma solução, e a segunda parte do filme, quando todo mundo já aceitou o que tinha de aceitar e acompanha-se o caminho de Lili para se tornar inteiramente Lili (o que inclui cirurgias rudimentares e brutais), é um bocado mais pobre. A rigor, essa parte não passa de um melodrama, e a interpretação de Redmayne fica tão carregada de trejeitos que em alguns momentos chega a ser ligeiramente constrangedora. Imagino que não deva ser fácil, para alguém que sempre viveu como homem, aprender a ser mulher, e acho interessante essa ideia de que a pessoa comece por copiar modos e comportamentos. Comece é a palavra-chave: aqui,quanto mais Lili se transforma, menos autêntica parece. Depois de um início vigoroso, portanto, A Garota Dinamarquesa vai ficando cada vez mais fraco e aguado – e o final, esse é coisa de novelão dos anos 50.

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    Trailer


    A GAROTA DINAMARQUESA
    (The Danish Girl)
    Inglaterra/Estados Unidos/Bélgica/Dinamarca/Alemanha, 2015
    Direção: Tom Hooper
    Com Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Matthias Schoenaerts, Sebastian Koch, Ben Whishaw, Amber Heard
    Distribuição: Universal
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