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Falta de acesso à água, rios poluídos e rejeitos da Vale no São Francisco

Estudos divulgados no Dia Mundial da Água mostram como parte da população não tem água limpa e que os rejeitos de Brumadinho chegaram ao rio São Francisco

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 mar 2019, 18h18
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  • Vista aérea da Marginal Tietê, em São Paulo, que ganhará um complexo viário
    Levantamento mostrou que 74,5% dos rios brasileiros têm qualidade apenas regular (Reinaldo Canato/VEJA)

    O Dia Mundial da Água, celebrado anualmente no 22 de março, foi marcado por dados preocupantes sobre o atual estado dos rios brasileiros e da garantia do acesso à água potável como um direito humano universal.

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    No relatório Não Deixar Ninguém para Trás, publicado pela Unesco no último dia 19, a organização das Nações Unidas destacou que “mais de 2 bilhões de pessoas vivem em países que experimentam estresse hídrico. Estimativas recentes mostram que 31 países experimentam estresse hídrico entre 25% (que é definido como o patamar mínimo de estresse hídrico) e 70%. Outros 22 países estão acima do nível de 70% e, por isso, encontram-se em uma situação grave de estresse hídrico”. 

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    Segundo o documento, até 2015, cerca de três entre dez pessoas (2,1 bilhões de pessoas, ou 29% da população mundial) ainda não dispunham de um serviço de água potável gerenciado de forma segura, e 844 milhões de pessoas ainda não dispunham nem mesmo de um serviço básico de água potável.

    No mesmo ano, apenas 2,9 bilhões de pessoas (ou 39% da população mundial) dispunham de serviços sanitários gerenciados de forma segura. Duas de cinco dessas pessoas (1,2 bilhões) viviam em áreas rurais. Outros 2,1 bilhões de pessoas tinham acesso a serviços “básicos” de saneamento. Os 2,3 bilhões remanescentes (uma em cada três pessoas) não dispunham nem mesmo de um serviço sanitário básico; destes, 892 milhões de pessoas ainda realizavam a defecação a céu aberto.

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    Nesta sexta-feira, a Fundação SOS Mata Atlântica divulgou o relatório O retrato da qualidade da água nas bacias da Mata Atlântica. Segundo a ONG, dos 278 pontos de coleta de água monitorados, 207 (74,5%) apresentam qualidade regular. Em 49 pontos (17,6%) a qualidade é ruim e, em 4 pontos (1,4%) péssima. Somente 18 pontos (6,5%) apresentam qualidade boa na média do ciclo e nenhum dos rios e corpos d’água tem qualidade ótima. A qualidade de água péssima e ruim obtida em 19% dos pontos monitorados evidencia que 53 rios estão indisponíveis – com água imprópria para usos – por conta da poluição e da precária condição ambiental das suas bacias hidrográficas.

    Outra conclusão importante mostra a contaminação do rio São Francisco por rejeitos da barragem Córrego do Feijão, da Vale, rompida no dia 25 de janeiro, em Brumadinho.

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    De acordo com a SOS Mata Atlântica, “dos 12 pontos analisados pela organização, nove estavam com condição ruim e três regular, o que torna o trecho a  partir do Reservatório de Retiro Baixo, entre os municípios de Felixlândia e Pompéu até o Reservatório de Três Marias, no Alto São Francisco, com água imprópria para usos da população”.

    Sobre a qualidade dos rios no geral, o coordenador técnico do projeto Observando os Rios, da Fundação SOS Mata Atlântica, Gustavo Veronesi, afirmou que “estamos percebendo que alguns rios já nascem com problemas. É como se a nossa vida começasse doente. Existem rios que possuem nascentes cristalinas, mas não é isso que nossa sociedade enxerga em seu dia-a-dia“. 

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