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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Nobel da Paz paga mico no Senado com mimimi petista

Esquivel chamou impeachment de "golpe" e palavra foi retirada das notas taquigráficas

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 5 jun 2024, 03h15 - Publicado em 28 abr 2016, 15h02

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– Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz em 1980, subiu à mesa do Senado brasileiro e disse haver um “golpe” em curso no Brasil. Aham, senta lá.

– Antes do discurso, o argentino se reuniu com milicianos do MTST, Dilma Rousseff e parlamentares de PT e PCdoB. Tudo articulado para a propaganda.

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Esquivel, de gravata amarela, com a bancada do PT: mico internacional

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– Esquivel pediu “que se respeite a continuidade da Constituição e do direito do povo a viver em democracia”. Pode deixar que o impeachment cuida disso.

– Esquivel: “Creio que neste momento há grande dificuldades (oriundas) de um possível golpe de Estado.” Sim: o golpe de Dilma contra as contas públicas.

– Esquivel: “E já se utilizou esse mecanismo de funcionamento em outros países do continente, como Honduras e Paraguai”. O mecanismo legal, é claro.

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– Oposição reage no plenário do Senado ao insulto estrangeiro à democracia brasileira. O Nobel da Paz promoveu a guerra no Congresso Nacional.

– Ronaldo Caiado (DEM-GO): “Foi premeditado que este senhor viesse aqui fazer esse pronunciamento”. “É inaceitável e inadmissível.” É também patético.

– Cássio Cunha Lima (PSDB-PB): “É a 1ª vez na história da humanidade que se prepara um golpe com direito de defesa. Isto é demagogia. É blá-blá-blá.”

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– Senado retira das notas taquigráficas palavra “golpe”, enunciada pelo Nobel da Paz (bolivariana), que não tem voto popular para cuspir na democracia.

– Aloysio Nunes (PSDB-SP): “Discurso de golpe já é discurso do PT para se preparar para a oposição. É combate de retarguarda” de “exército em retirada”.

– Humberto Costa (PT-PE) cita outros bolivarianos que defendem tese de golpe para justificar o ataque do argentino Esquivel às instituições brasileiras.

– Paulo Paim (PT-RS) admite ter sido responsável por permitir que Esquivel falasse, mas diz que pediu para não entrar em polêmicas políticas. Aham. Sei.

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– Aloysio Nunes e Álvaro Dias (PV-PR), entre outros, tratam Esquivel como vítima: alguém que foi enganado por Dilma e companhia. Não é. É um deles.

– Se Esquivel fosse só alguém “enganado” pelo PT, tampouco teria tratado como golpes as destituições legais dos presidentes de Honduras e Paraguai.

– Randolfe Rodrigues (Rede-AP) diz que episódio Esquivel está superado com retirada de “golpe” das notas. Não está. PT a usará na guerra da propaganda.

– Prêmio internacional não dá autoridade moral nem intelectual a ninguém para atropelar as instituições de outro país com chavões acusatórios boçais.

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– Esquivel, como qualquer petista, ignorou teor dos crimes de responsabilidade de Dilma. Só repetiu discurso político de quem não tem argumento técnico.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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