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Felipe Moura Brasil Por Blog Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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As denúncias do blog e seus efeitos na Globo e na segurança pública. Sim: você leu 130 dias antes aqui

O Jornal Nacional de segunda-feira levou ao ar a reportagem “Governo do RJ vai trocar contêineres das UPPs por bases definitivas“. O anúncio foi feito um dia depois de o Fantástico ter “revelado” a falta de estrutura e de equipamentos em muitas UPPs. Corrijo: o Fantástico “revelou” o problema 130 dias depois da denúncia deste blog, […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 01h41 - Publicado em 7 abr 2015, 14h52
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  • Captura de Tela 2015-04-07 às 13.57.08O Jornal Nacional de segunda-feira levou ao ar a reportagem “Governo do RJ vai trocar contêineres das UPPs por bases definitivas“. O anúncio foi feito um dia depois de o Fantástico ter “revelado” a falta de estrutura e de equipamentos em muitas UPPs.

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    Corrijo: o Fantástico “revelou” o problema 130 dias depois da denúncia deste blog, no post “A farsa da pacificação no Rio de Janeiro“, que já apontava as condições Captura de Tela 2015-04-07 às 13.56.07precárias em que PMs recém-formados trabalham nas ditas comunidades, enquanto traficantes armados com fuzis brincam com eles de tiro ao alvo (ou de incêndio, como comentei um ano antes!). Também mostrei lá como critico a farsa desde abril de 2010, quando as primeiras favelas foram ocupadas.

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    Em dezembro, revelei aqui como os policiais se referiam às UPPs pelo whatsapp: primeiro, como Unidade de Propaganda Política, depois como Unidade de Perigo pro Policial. Além de vídeos, acrescentei: “Não é raro, atualmente, que a guarnição de uma UPP tenha de pedir a intervenção de unidades de elite para conseguir sair de sua base.” Quatro dias atrás, o G1 noticiava: “Bope monta barricadas para proteger bases das UPPs no Alemão“.

    A análise que mais repercutiu entre os agentes da segurança pública, no entanto, veio ainda em novembro, no post “Só Beltrame não tem culpa por insegurança? É ruim, hein!”, cujo subtítulo resumia a tragédia fluminense: “Rio de Janeiro tem cinco PMs e um cabo mortos em uma semana; um assalto de rua a cada seis minutos! Das dez áreas com maiores aumentos do número de assaltos, seis são de favelas com UPP! Que ‘pacificação’ é essa? Boletim põe oficiais músicos de sobreaviso para funerais em fins de semana! A realidade é uma piada macabra!”

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    Apontei nesse (e em muitos outros posts) que a imprensa não confronta o secretário com esses dados, “não separa a sua responsabilidade das alheias, não o cobra por sua parcela de culpa, no mínimo, em questões estratégicas”. “Não é porque ninguém fez nada pela segurança antes dele que ele está sendo eficaz em tudo que faz. Longe disso!”, escrevi.

    Hoje, este blog fica feliz de ter feito o seu trabalho, mas lamenta a lerdeza do jornalismo de TV para “revelar” o que já estava revelado e exigir as ações correspondentes do governo.

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    É triste que, além de centenas de policiais e moradores, uma criança de 10 anos tenha de morrer para que toda a farsa da “pacificação” seja minimamente exposta ao grande público.

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    * Relembre também aqui no blog:
    Capa do Globo é exemplo de como imprensa blinda Beltrame
    Como O Globo maquia dados para blindar Beltrame, em meio à insegurança geral no estado do Rio de Janeiro

    Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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