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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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A ironia da testemunha de Fernandinho Beira-Mar

Fernandinho Beira-Mar já cumpre pena de mais de 200 anos de detenção por diversos crimes. Acusado, também, de ter liderado um ataque de 20 criminosos a uma facção rival, em 2002, dentro do presídio de Bangu I, o traficante disse durante julgamento no Fórum do Rio que é inocente neste processo. “Eu cometi vários crimes. Nesse, eu […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 01h24 - Publicado em 13 Maio 2015, 22h59
beira-mar 2

Eu?!

Fernandinho Beira-Mar já cumpre pena de mais de 200 anos de detenção por diversos crimes.

Acusado, também, de ter liderado um ataque de 20 criminosos a uma facção rival, em 2002, dentro do presídio de Bangu I, o traficante disse durante julgamento no Fórum do Rio que é inocente neste processo.

“Eu cometi vários crimes. Nesse, eu sou inocente.”

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A frase me lembrou a de Paulo Maluf sobre o esquema de corrupção da Petrobras:

“Nesta operação não tenho nada.”

Pois é.

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Beira-Mar costumava se apresentar como comerciante ou pecuarista, mas, à sua maneira, assumiu pela primeira vez ter sido traficante.

“Era matuto [responsável por abastecer as facções com armas e drogas]. Era pecuarista graças às vendas de entorpecentes.”

Beira-Mar é o “pecuarista de coisa ilícita”. Profissão em alta no Brasil.

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O traficante Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, foi a única testemunha em sua defesa ouvida nesta quarta-feira.

Ele pertencia à quadrilha dos quatro criminosos assassinados há 13 anos e estava na mesma galeria dos comparsas, mas foi poupado.

“Vim aqui, como testemunha dele, para pagar a dívida, por terem me deixado vivo”, disse Celsinho, sob olhar e sinais de concordância de Beira-Mar.

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beira-mar

“Fiquei com dívida. Fiquei vivo. O cara não me fez mal”, afirmou ele, antes de falar que Beira-Mar não participou da ação.

O momento mais tragicômico do julgamento veio depois.

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Celsinho ironizou a qualidade da penitenciária durante uma das perguntas, em que Bangu 1 foi citado como “presídio de segurança máxima”.

“Segurança máxima é brincadeira, né?”, debochou, provocando risos.

Eu estou rindo até agora.

No país da piada macabra, os bandidos debocham do Estado até nos tribunais.

Celsinho

Segurança máxima? Kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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