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Por Raquel Carneiro
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‘Sociedade da Neve’: a saga do homem que encontrou os sobreviventes

O chileno Sergio Catalán trabalhava na região dos Andes quando avistou dois homens vagando na outra margem de um rio

Por Amanda Capuano 22 jan 2024, 11h38

No dia 21 de dezembro de 1972, o pastor de mulas Sergio Catalán estava em um dia comum de trabalho nos Andes quando avistou dois homens na margem oposta do rio. Ocupado com o gado, ele pensou que os rapazes passeavam pela região, mas, pouco tempo depois, um deles o seguiu até a margem e tentou se comunicar desesperadamente. Sem conseguir ouvir o que ele dizia por causa do barulho da água, Catálan jogou ao homem papel e caneta, e recebeu uma mensagem que mudaria a vida de de diversas pessoas: “Venho de um avião que caiu nas montanhas. Eu sou uruguaio. Estamos caminhando há dez dias”, dizia a nota, que aparece reproduzida rapidamente no filme A Sociedade da Neve, sucesso recente da Netflix inspirado em um caso real.

Em outubro daquele ano, o time de rúgbi uruguaio Old Christians partiu de Montevidéu rumo a Santiago, no Chile, para uma partida amistosa, mas o avião em que estavam caiu na Cordilheira dos Andes. Das 45 pessoas a bordo, 29 sobreviveram à queda. No local inóspito, com temperaturas que chegavam a 30 graus negativos, sem comida e sob os efeitos devastadores da altitude de 4 000 metros, o grupo sofreu outras perdas enquanto esperava por socorro — ou um milagre. O resgate não localizou os passageiros, e eles foram declarados mortos. Após 72 dias, o choque: dezesseis sobreviventes foram encontrados graças aos esforços de Roberto Canessa e Fernando Parrado, que se separaram do grupo e caminharam por dez dias em busca de ajuda — e, é claro, de Catalán, o trabalhador rural que avistou os sobreviventes e embarcou em uma saga par salvá-los.

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Homenagem do time a Segio Catalán, morto em 2020. Na foto: Catalán (em pé), com Roberto Canessa e Fernando Parrado, os sobreviventes que ele avistou nos andes (Old Christians/Reprodução)

Impactado com o bilhete e com o estado debilitado de Canessa e Parrado, Catalán lançou aos homens alguns pães e viajou 120 quilômetros a cavalo até a cidade de Ponte Negra, no Chile. Lá, ele relatou às autoridades o que havia descoberto. Os agentes locais transmitiram a informação para Santiago, mas as autoridades da capital chilena acharam que o homem estava bêbado e inventando histórias. Só acreditaram no relato de Catalán depois de muita insistência e diante da carta escrita por Parrado, que levou a polícia a abrir a operação que colocaria fim ao sofrimento dos sobreviventes: eles foram resgatados no dia seguinte, em 22 de dezembro, e demorou mais dois dias até que os outros 14 sobreviventes conseguissem ser retirados do local do acidente.

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Depois da saga, Catalán manteve um contato próximo com os sobreviventes por décadas, e foi homenageado por eles diversas vezes. Em 2007, os “filhos uruguaios” do chileno chegaram a financiar uma cirurgia de prótese no quadril que Catalán precisava fazer em função de um quadro avançado de artrose. Ele morreu em 2020, aos 91 anos de idade.

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