Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Em Cartaz

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Do cinema ao streaming, um blog com estreias, notícias e dicas de filmes que valem o ingresso – e alertas sobre os que não valem nem uma pipoca

Preguiçoso, ‘Aquaman 2’ encerra saga da DC com clima de aviso prévio

Filme é o último da fracassada empreitada do estúdio do Superman nos cinemas — time de heróis que passará, em 2025, por reformulação radical

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 18h20 - Publicado em 22 dez 2023, 11h29

Em 2013, o diretor Zack Snyder e o escultural Henry Cavill trouxeram O Homem de Aço ao mundo e deram o pontapé em um universo cinematográfico heroico idealizado para rivalizar com o fenômeno Marvel. A aposta deu ruim: desse mundo saíram fracassos de crítica como Liga da Justiça (2017) e alguns sucessos esparsos, feito Aquaman (2018), dono de mais de 1 bilhão de dólares em bilheteria e uma reputação acima da média, estabelecida pelas afetações do diretor James Wan e a dose reforçada de fantasia. Cinco anos depois, entretanto, as qualidades de outrora foram por água abaixo, deixando de resto o estranho limbo de Aquaman 2: O Reino Perdido.

Último filme de seu universo expandido, Aquaman 2 é, como o título sugere, perdido. Na história desengonçada, Arthur Curry (Jason Momoa) tem que lidar com as responsabilidades do governo de Atlântida ao mesmo tempo em que cria seu recém-nascido ao lado da esposa Mera (Amber Heard) e bebe cervejas ao som de dad rock com o pai, Tom (Temuera Morrison). Frágil, o equilíbrio é logo perturbado pelo vilão Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II), que passa a ser comandado por um tridente possuído que almeja destruir o ecossistema global e o reino do protagonista. Para combatê-lo, o herói precisa, então, recrutar a ajuda do irmão desafeto, Orm (Patrick Wilson), a quem derrotou no primeiro filme.

Sobre tal estrutura convencional, Wan, que retorna à direção, usufrui de seus dotes do terror e de seu estilo frenético de montagem para tentar infundir a história com a energia que o texto carece, debruçando-se sobre a construção fantástica da sociedade submarina e sequências de ação explosivas. Sua ferramenta, porém, o sabota. Plástico, o filme acena a fantasias contemporâneas como Valerian e a Cidade dos Mil Planetas e até ao charme rudimentar dos efeitos de Pequenos Espiões, mas peca pelo excesso e repetição, que atacam as retinas do espectador e turvam os acontecimentos do enredo. O resultado é uma história acelerada rumo a lugar nenhum, que nem sequer aproveita a jornada.

As duas horas do filme, logo, parecem ocupar o dobro do tempo. Isso porque, para cada boa sacada (Martin Short como uma espécie de Jabba the Hutt marinho), dezenas de piadas constrangedoras são entregues com a energia de uma peça escolar por Jason Momoa, cujo timing cômico parece ter lhe desertado — não que os diálogos constrangedores escritos por David Leslie Johnson-McGoldrick ajudem.

Continua após a publicidade

Daqui em diante, James Gunn e o produtor Peter Safran irão refazer o universo DC no cinema do zero, a partir de Superman: Legacy em 2025. Para quem assiste Aquaman 2, isso é óbvio: tudo sobre o filme evidencia um trabalho que é mais aviso prévio que arte: da participação mínima de Nicole Kidman até a mensagem bem intencionada, mas simplória, sobre aquecimento global. Nesse reino, quem impera é a lei do mínimo esforço.

Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

Tela Plana para novidades da TV e do streaming
O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.