O senhor criou essa história para honrar seus pais. Como foi concluir o filme após a morte deles? Foi difícil. Eles estavam vivos quando apresentei a primeira ideia à Pixar. Quando contei, ambos não entendiam bem o meu trabalho, mas me detalharam as dificuldades de migrar da Coreia do Sul para cá. Agora, sinto que consigo ter uma bonita conclusão da nossa história.
Em que medida a pandemia afetou o projeto? Tive altos e baixos. Odiei trabalhar por aplicativos de videoconferência, mas pude estar próximo da minha mãe em seus últimos meses de vida. Isso significou muito para mim.
Os filmes da Pixar sempre têm uma mensagem profunda. Qual é a de Elementos? Que as nossas diferenças nos fazem mais fortes. A diversidade é uma coisa linda, e entender a cultura do outro nos fala sobre ter compaixão.
Hollywood tem feito mais histórias sobre asiáticos. A que atribui esse fenômeno? Há mais oportunidades, é claro. Temos tantos talentos com histórias de vida distintas. A Pixar quer novas vozes.
O que o estúdio pretende produzir daqui para a frente? Continuar fazendo histórias diversas, com toque pessoal, abusando da tecnologia — e dando vazão às ideias de uma nova geração de produtores.
Publicado em VEJA de 21 de Junho de 2023, edição nº 2846