Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90
Imagem Blog

Em Cartaz

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Do cinema ao streaming, um blog com estreias, notícias e dicas de filmes que valem o ingresso – e alertas sobre os que não valem nem uma pipoca

Morre Kenneth Anger, pioneiro do cinema de vanguarda, aos 96 anos

Desde anos 1940, diretor causou polêmica com filmes homoeróticos e experimentais - e tinha fãs de peso como Scorsese e David Lynch

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2023, 15h40 - Publicado em 24 Maio 2023, 15h13

Experimentalista e ocultista devotado a filmes ritualísticos, eróticos e abstratos, Kenneth Anger morreu hoje, 24, aos 96 anos. Um dos pais do cinema underground americano, o cineasta e autor foi responsável pela direção de mais de 30 curtas-metragens, de sua pré-adolescência até a década de 2000. Em 1947, seu filme Fireworks foi a primeira narrativa explicitamente homoafetiva a ser distribuída nos Estados Unidos. Exibida em alguns cinemas, ela impressionou críticos que reconheceram a particularidade das imagens e temas, e também foi palco de um processo judicial por “obscenidade pública” — que, após apelo, acabou em decisão favorável ao filme e no reconhecimento legal da homossexualidade como tópico válido de expressão artística.

Suas demais obras, como Eaux d’Artifice, Scorpio Rising e Lucifer Rising, expandiram suas ideias sobre o homoerotismo, espiritualidade, violência, cinema e morte. Em 2011, Anger visitou São Paulo para prestigiar a mostra Kenneth Anger: O Fetichista Pop, do Centro Cultural Banco do Brasil. No folheto da exibição, sua obra era descrita como “o elo que permite entender o cinema contemporâneo ao ligar a magia do cinema mudo à modernidade cinematográfica.” 

Como qualquer rebelde, porém, não conseguiu resistir ao desejo de fugir de casa, e assim se afastou de qualquer ambição dentro de Hollywood, sua cidade natal. Negou-se a rodar longas, formato preferido da indústria americana, e, no começo dos anos 1950, partiu para a França a fim de trabalhar na Cinemateca Francesa, onde se aprofundou na vanguarda. Mesmo assim, escreveu um livro sobre os escândalos, orgias, mortes e crimes de celebridades americanas, Hollywood Babylon.  

Ao longo de sua trajetória, acumulou grandes admiradores — dentre eles, David Lynch, John Waters, Andy Warhol e Martin Scorsese, que cita Scorpio Rising como uma grande influência. Uma das principais minisséries da HBO em 2022, Irma Vep, de Olivier Assayas, o homenageia em uma série de episódios. Seu trabalho continua preservado pela galeria Sprüth Magers, com unidades na Europa, Estados Unidos e Ásia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
ABRIL DAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.