Megalópolis, a próxima aposta de Francis Ford Coppola, diretor da franquia O Poderoso Chefão, nos cinemas, finalmente ganhou data de estreia no Brasil: 31 de outubro. A produção será distribuída no país pela O2 Play. O longa estrelado por Adam Driver estreou no 77º Festival de Cannes, onde concorreu à Palma de Ouro, mas perdeu para Anora, de Sean Baker.
Nos últimos dias, Megalópolis protagonizou uma polêmica ao lançar um trailer que continha comentários falsos atribuídos a críticos de cinema. O estúdio Lionsgate assumiu o erro e tirou o vídeo do ar. A ideia era mostrar que o diretor de O Poderoso Chefão sempre foi muito criticado por seus filmes, com argumentos, por vezes, duros de engolir, mas que com o passar dos anos se provavam exagerados, ficando a obra e não as críticas.
O erro, no entanto, foi colocar no trailer de Megalopolis críticas que nunca existiram a filmes clássicos do diretor, de 85 anos, como o já citado O Poderoso Chefão, de 1972, Apocalypse Now, de 1979 e Drácula de Bram Stoker, de 1992. “A Lionsgate está imediatamente recolhendo o trailer de Megalopolis“, disse um porta-voz da empresa à revista Variety. “Oferecemos nossas sinceras desculpas aos críticos envolvidos e a Francis Ford Coppola e à American Zoetrope (estúdio do diretor) por esse erro imperdoável em nosso processo de verificação. Nós vacilamos. Sentimos muito.”
Qual é a história de Megalópolis
O filme segue a história do arquiteto Cesar Catilina (Adam Driver), que sonha em reconstruir Nova York, após um desastre, em uma cidade utópica e idealizada, entrando em conflito com o ganancioso prefeito Franklyn Cicero (Giancarlo Esposito). A filha do prefeito se apaixona pelo arquiteto e fica no centro do imbróglio.
O longa-metragem foi totalmente financiado pelo diretor, custando 120 milhões de dólares e foi exibido no início deste ano no Festival de Cannes, na França. A reportagem de VEJA cobriu o festival, assistiu ao filme e participou de uma entrevista coletiva com o diretor. Apesar de ter sido amplamente aplaudido na sessão de gala — como é de praxe na exibição que conta com a presença do elenco e do diretor –, Megalopolis causou reação adversa entre os críticos.
Entre seus pontos positivos estão elementos que atestam a criatividade ainda borbulhante de Coppola, que usa sem receios cenas com quebras de expectativas e reviravoltas embaladas por um ritmo envolvente e uma trama instigante. Por outro lado, o roteiro exagerado e filosófico, o qual sugere que a humanidade está fadada ao fim por culpa do surgimento da civilização, em muitos momentos é raso e usa o histórico romano sem contexto adequado.
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