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Marco da fantasia, ‘Dungeons & Dragons’ ganha filme à sua altura

Adaptação presta uma homenagem ao famoso jogo de tabuleiro – e ainda subverte com humor seus clichês

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 11h02 - Publicado em 8 abr 2023, 08h00
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  • Um novo criminoso chega à prisão de segurança máxima isolada entre montanhas gélidas. O ser enorme e monstruoso — de verdade, pois se trata de um Orc de dentes afiados e pele escamosa — é tratado com o devido receio que sua figura recomenda: com mãos e pés acorrentados, ele é escoltado até a cela por soldados suando frio. Lá, o monstrengo encontra Edgin (Chris Pine), um bardo falastrão que tricota um par de luvas, e Holga (Michelle Rodriguez), mulher com cara de poucos amigos. A dupla deveria estremecer diante do novo colega, mas reage de forma indiferente — e, quando o Orc tenta incomodar Holga, logo percebe que era ele quem deveria ter medo. A cena de desfecho cômico abre Dungeons & Dragons — Honra entre Rebeldes (Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves; Estados Unidos; 2023), que estreia nos cinemas na quinta-feira 13, e dá o tom da aventura que vai se desenrolar na tela: inspirado no jogo de tabuleiro de mesmo nome, no qual as reviravoltas são regra, o filme surpreende e diverte ao subverter obviedades das tramas de fantasia. Não lhe falta autoridade para tais alfinetadas: há cinco décadas, o jogo Dungeons & Dragons foi o terreno fértil em que os padrões do filão fantástico foram semeados no entretenimento — e hoje, num mundo dominado pelo gênero, a adaptação pode se dar ao luxo de transitar entre dragões, Orcs, magos e gigantes sem causar estranhamento, e ainda adicionar uma dose cativante de criatividade.

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    Aos que nunca trombaram com o jogo, não se engane: Dungeons & Dragons está por todos os lados. Dos filmes da Marvel à série Game of Thrones, passando pelos joviais Harry Potter e Stranger Things, a influência do game é colossal — e indelével. Criado em 1974 por dois americanos aficionados por jogos de estratégia e cultura medieval, Dungeons & Dragons (D&D, para os íntimos) foi por décadas coisa de nerds e excluídos — nos anos 1980, os jogadores chegaram a cair na malha fina religiosa: foram tachados de satanistas e bruxos com ligação com o oculto. Não passavam, porém, de jovens com habilidades sociais sofríveis que se reuniam para passar horas sem fim cumprindo missões diante de um tabuleiro, o qual oferecia uma gama de personagens e possibilidades que conduziam seus jogadores em viagens por mundos mágicos — e ainda instigavam seus fãs humanos a interagir na vida real.

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    Inspirado na obra do escritor britânico J.R.R. Tolkien (1892-1973) e seu portentoso O Senhor dos Anéis, D&D tirou a fantasia da literatura cult e ampliou seu alcance. Segundo a Hasbro, que detém os direitos do jogo, Dungeons & Dragons passou da marca dos 50 milhões de jogadores on-line e já gerou mais de 1 bilhão de dólares em vendas de produtos relacionados. Em 2020, com o isolamento da pandemia, o interesse por ele se renovou: as vendas cresceram 33% e constatou-se que metade de seus jogadores são jovens na faixa dos 25 anos ou menos. Agora, chegou a hora de colher os louros em Hollywood.

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    DO OUTRO LADO - Daisy Head, Hugh Grant e Chloe Coleman em cena: uma garota manipulada por um vilão impagável
    DO OUTRO LADO - Daisy Head, Hugh Grant e Chloe Coleman em cena: uma garota manipulada por um vilão impagável (Paramount Pictures/Divulgação)

    O filme encabeçado por Chris Pine pretende apagar de vez o rastro vexaminoso deixado pela malsucedida trilogia lançada entre 2000 e 2012. Ao mesmo tempo, faz questão de homenagear a prestigiosa versão animada Caverna do Dragão (sim, o pop Mestre dos Magos e seus jovens perdidos surgiram no jogo). “Criar mundos como este demanda recursos e criatividade”, disse o ator Regé-Jean Page em entrevista a VEJA (leia a entrevista), exaltando a qualidade visual e narrativa da nova adaptação.

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    O ator inglês reforça o elenco na pele de um cavaleiro de bom coração que ajuda Edgin e Holga na tarefa de recuperar a filha do bardo, Kira (Chloe Coleman) — que está em posse de Forge (Hugh Grant, inspiradíssimo), um trapaceiro que se encantou com a paternidade e não quer devolver a garota. Ao lado dele, está uma feiticeira poderosa e perigosa (Daisy Head). Já os protagonistas contam com o reforço, por assim dizer, de um mago inseguro (Justice Smith) e de uma jovem que se transforma em bichos (Sophia Lillis). Como no tabuleiro, a trajetória do grupo se altera diante de imprevistos que exigem de cada um o uso de seus talentos e constante amadurecimento. Uma viagem fantástica — e que sabe rir de si mesma.

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    Publicado em VEJA de 12 de abril de 2023, edição nº 2836

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