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Como Curitiba quase virou cenário de filme de Francis Ford Coppola

Vinte anos antes de ser realizada, a produção de 'Megalópolis' cogitou a capital paranaense que maravilhou o diretor de 'O Poderoso Chefão'

Por Thiago Gelli Atualizado em 10 out 2024, 16h05 - Publicado em 10 out 2024, 16h04
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  • Francis Ford Coppola
    O diretor Francis Ford Coppola (Reprodução/Instagram)

    O épico Megalópolis enfim chega aos cinemas brasileiros em 31 de outubro após quatro décadas de planejamento e esforços do cineasta Francis Ford Coppola, mestre responsável por clássicos como a trilogia O Poderoso Chefão Apocalypse Now. De escala ampla e trama experimental — que mistura futurismo com Império Romano —, o filme teve muitas versões antes de ser financiado e produzido pelo próprio diretor e, nessas idas e vindas, chegou até a ganhar contornos brasileiros graças aos elementos urbanistas. Isso porque, em 2003, Coppola pousou em Curitiba, no Paraná, deslumbrado com o planejamento de Jaime Lerner (1937 – 2021) e determinado a gravar parte do filme ali.

    Em fase de pré-produção, o filme então seria estrelado por grandes nomes como Nicolas Cage, Russel Crowe, Robert De Niro, Leonardo DiCaprio e Uma Thurman. A história, por sua vez, era a mesma, protagonizada pelo arquiteto idealista Cesar Catilina e focada em seu embate com o prefeito Franklyn Cicero, político retrógrado e ganancioso que quer impedir a construção de uma utopia. A produção ruiu pouco tempo depois e o diretor partiu para o drama Velha Juventude (2007).

    Urbanismo curitibano

    Para Coppola, o herói em muito se assemelhava a Lerner, arquiteto que foi prefeito da capital em três mandatos diferentes e ficou lembrado por obras como o calçamento da turística Rua das Flores e a abertura de vias exclusivas para ônibus em 1974, inovação que aliviou o trânsito da capital e foi apenas o segundo sistema BRT (bus rapid transit) no mundo. Durante a viagem, o cineasta atendeu à imprensa em coletiva e, além do transporte público, elogiou o programa de reciclagem e disse considerar a cidade mais limpa do que o normal, apesar de se queixar das fachadas pichadas que observou.

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    Nos oito dias que passou na capital paranaense, Coppola ficou hospedado no Hotel Bourbon, comprou bananas em uma frutaria local, foi assistir a uma partida do Atlético contra o Paraná Clube na Arena da Baixada e virou nome de pizza no restaurante A Pamphylia, que serve até hoje uma massa dupla assada com molho de tomate, azeite de oliva e manjericão fresco em referência às camisas tropicais vestidas pelo cineasta. Depois, ele ainda visitou Foz do Iguaçu, Salvador e Rio de Janeiro.

    Em 2003, Coppola acreditava que a cidade de Nova York poderia logo se tornar semelhante à visão megalomaníaca que agora conseguiu filmar. Vinte anos depois, a gestão da cidade não passou por grandes transformações, mas, como o personagem que criou, o diretor não abandonou a ideia de que os problemas de uma megalópole sejam solucionáveis pela baixa tecnologia e boa liderança. O resultado ainda carrega a inspiração curitibana, mas foi filmado em Atlanta com os atores Adam Driver, Giancarlo Esposito, Aubrey Plaza, Shia LaBeouf, Laurence Fishburne e Nathalie Emmanuel, entre outros.

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