Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Em Cartaz Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Raquel Carneiro
Do cinema ao streaming, um blog com estreias, notícias e dicas de filmes que valem o ingresso – e alertas sobre os que não valem nem uma pipoca
Continua após publicidade

‘Asteroid City’: uma viagem cômica às paranoias americanas da Guerra Fria

O diretor Wes Anderson lança seu olhar cômico sobre os anos 1950 valendo-se de um elenco cheio de estrelas

Por Amanda Capuano Atualizado em 13 Maio 2024, 22h57 - Publicado em 8 ago 2023, 10h00

Numa pequena cidade desértica do sudoeste americano, em 1955, um grupo de jovens prodígios se reúne para uma convenção que marca o aniversário da queda de um meteorito na região. Reunidos no observatório astronômico local, os pequenos gênios, suas famílias e outros convidados acabam presenciando um evento sem precedentes (e que estragaria prazer revelar em detalhes aqui), o que leva o Exército americano a colocar a cidade sob lockdown. Batizada de Asteroid City, título do curioso filme de Wes Anderson que chega aos cinemas na quinta-feira 10, a cidade é um resumo das paranoias americanas do pós-guerra. A fotografia colorida, simétrica e inconfundível de Anderson fornece a moldura perfeita para o que se desenrola ali: conspirações ligadas a alienígenas, operações de acobertamento militar e cogumelos nucleares no meio do nada.

Asteroid City
Accidentally Wes Anderson

As inquietações daqueles estranhos anos 1950, quando os americanos se dividiam entre a euforia da corrida espacial e a histeria com a Guerra Fria, é temática recorrente nas telas. Mas Anderson, claro, passeia por ela à sua maneira singular. Asteroid City é uma ficção científica com pé na comédia, conduzida por lances metalinguísticos e narrativas entrelaçadas. A cidade-título, na prática, não existe: o que vemos ali, filmado em uma paleta de tons pastel e câmeras inquietas, é na verdade uma peça de teatro fictícia do dramaturgo Conrad Earp (Edward Norton), criada para um programa de televisão conduzido por um apresentador pomposo vivido por Bryan Cranston. Ou seja: na prática, o longa é uma peça dentro de outra peça, dentro de uma produção televisiva. Cada qual com um estilo de dramaturgia próprio (a peça e o programa são em preto e branco), e conflitos quase independentes interpretados de maneira propositalmente teatral por um elenco estrelado.

The Wes Anderson Collection

Tudo soa deveras confuso — e é. Mas os fãs do diretor de A Crônica Francesa e O Grande Hotel Budapeste sabem que o barato de seus filmes vem de outra fonte: a estilização original, o humor nonsense — e a presença maciça de rostos do primeiro time de Hollywood, que atuam visivelmente com prazer especial nas produções de Anderson, de Tom Hanks a Adrien Brody, passando por Scarlett Johansson e Margot Robbie. No eixo central da trama, Augie Steenbeck (Jason Schwartzman) é um viúvo e fotógrafo de guerra que passa semanas escondendo a morte da esposa dos filhos. Na cidadezinha, ele se envolve com a atriz Midge Campbell (Johansson), tão perdida na vida quanto ele. No vaivém da narrativa ao redor de ambos, há imaginação para dar e vender.

Continua após a publicidade

Publicado em VEJA de 9 de agosto de 2023, edição nº 2853

CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR

Asteroid City
Asteroid City
Accidentally Wes Anderson
Accidentally Wes Anderson
The Wes Anderson Collection
The Wes Anderson Collection

*A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.