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As críticas ao diretor de Zona de Interesse por fala sobre o Holocausto

No Oscar 2024, Jonathan Glazer comparou o genocídio de judeus com o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 mar 2024, 13h13 - Publicado em 14 mar 2024, 12h50

Vencedor do Oscar de melhor filme internacional por Zona de Interesse, o diretor Jonathan Glazer vem recebendo críticas de integrantes da comunidade judaica após comparar o Holocausto com o que está acontecendo em Gaza em seu discurso de agradecimento. Na cerimônia de Hollywood realizada no último domingo, 10, Glazer leu um papel em que dizia: “Todas as nossas escolhas foram feitas para refletir e nos confrontar no presente. Não quero dizer ‘Veja o que eles fizeram naquela época’, mas, sim, ‘Veja o que fazemos agora’. Nosso filme mostra onde a desumanização leva ao pior. Moldou todo o nosso passado e presente. Neste momento estamos aqui como homens que refutam o seu judaísmo e o Holocausto sendo sequestrados por uma ocupação que levou ao conflito para tantas pessoas inocentes, quer sejam as vítimas do 7 de Outubro em Israel ou o ataque em curso em Gaza – todas as vítimas deste desumanização, como resistimos?”.

Em resposta à fala de Glazer, o presidente da Fundação dos Sobreviventes do Holocausto dos Estados Unidos, David Schaecter, de 94 anos, criticou duramente o discurso. “Assisti com angústia no domingo à noite quando ouvi você usar a plataforma da cerimônia do Oscar para equiparar a brutalidade maníaca do Hamas contra israelenses inocentes com a difícil, mas necessária autodefesa de Israel diante da barbárie contínua do Hamas. Seus comentários foram factualmente imprecisos e moralmente indefensáveis”, escreveu o sobrevivente do Holocausto em uma carta aberta compartilhada no site da organização na terça-feira, 12.

David Shaecter viveu três anos no campo de extermínio nazista de Auschwitz e depois em Buchenwald. “Você deveria ter vergonha de usar Auschwitz para criticar Israel. Você fez um filme sobre o Holocausto e ganhou um Oscar. E você é judeu. Bom para você. Mas é vergonhoso que você presuma falar em nome dos seis milhões de judeus, incluindo um milhão e meio de crianças, que foram assassinados apenas por causa da sua identidade judaica”, completava a carta do judeu.

Segundo o Ministério da Saúde em Gaza, mais de 27.000 palestinos — em sua maioria mulheres e crianças — já morreram na guerra entre Israel e o Hamas desde que o conflito se intensificou em 7 de outubro, após a organização islâmica da Palestina atacar um festival de música eletrônica e deixando 1,2 mil mortos.

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Baseado em uma história real, o filme Zona de Interesse acompanha o cotidiano pacato da família do comandante nazista de Auschwitz, Rudolf Höss, que constrói uma propriedade idílica a poucos metros do campo de concentração. Com jardins floridos, uma casa grande e piscina à sua disposição, a esposa do militar, Hedwig — também interpretada por Sandra Hüller, e seus filhos ignoram os horrores do outro lado do muro. Quando Rudolf é transferido para um novo campo, a vida bucólica da família é ameaçada. Produzido pelo Reino Unido (em parceria com EUA e Polônia) e falado em alemão, o longa conquistou as estatuetas de melhor filme estrangeiro e melhor som no Oscar. A produção também concorreu a melhor filme, direção e roteiro adaptado para Jonathan Glazer.

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