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A medida drástica tomada por diretor iraniano preso injustamente

Premiado no circuito europeu de cinema, Jafar Panahi foi detido por "propaganda contra o sistema" e tomou uma decisão perigosa para se libertar da prisão

Por Amanda Capuano Atualizado em 3 fev 2023, 16h58 - Publicado em 3 fev 2023, 16h57
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  • O aclamada diretor iraniano Jafar Panahi foi liberado da prisão temporariamente nesta sexta-feira 3, dois dias após iniciar uma greve de fome em protesto à sua detenção de quase sete meses por uma suposta “propaganda contra o sistema”, informou o centro de Direitos Humanos do Irã através das redes sociais.

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    Respeitado no circuito de festivais europeus, Panahi foi preso em julho do ano passado, quando o governo iraniano reforçou a repressão contra cineastas no país — a detenção, inclusive, se deu depois que ele compareceu a uma audiência do também diretor Mohammad Rasoulof, que havia sido detido dias antes. O governo justificou a prisão de Panahi com uma condenação de 2010 por “propaganda contra o sistema”. Na ocasião, Panahi foi proibido pelo governo iraniano de fazer filmes e sair do país por 20 anos, e ficou detido por três meses. Desde então, lançou uma série de longas clandestinos críticos ao regime, mas a repercussão internacional das obras proibidas (Isto Não É Um Filme, Cortinas Fechadas, Táxi Teerã e 3 Faces) evitou com que ele fosse preso novamente até o ano passado.

    Em 15 de outubro, porém, a Suprema Corte do país anulou a condenação e ordenou um novo julgamento, mas o cineasta permaneceu preso. Sem previsão de ser libertado, Panahi anunciou na quarta-feira, 1, que entraria em greve de fome. “Vou permanecer nesse estado até que meu corpo, talvez sem vida, seja libertado da prisão”, declarou ele através de um comunicado divulgado pela esposa. A decisão repercutiu internacionalmente, preocupando o governo iraniano, que acabou por liberá-lo temporariamente. “É extraordinário, um alívio e uma alegria total. Expressamos nossa gratidão a todos aqueles que se mobilizaram ontem”, disse a distribuidora francesa Michèle Halberstadt à agência AFP. “Sua próxima luta é ter o cancelamento de sua sentença oficialmente reconhecido. Ele está lá fora [da prisão], está livre e isso já é ótimo.”, finalizou.

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