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PISA: lições que poderíamos aprender com os países da OCDE

Todos os países da OCDE – apesar do grande número de alunos matriculados em cursos médios técnicos – apresentam desempenho bem superior ao do Brasil.  

Por João Batista Oliveira Atualizado em 16 dez 2019, 14h14 - Publicado em 16 dez 2019, 14h03

Neste 5º post da série sobre os resultados do PISA 2018, sugiro algumas lições que poderíamos aprender a partir do desempenho de alguns países com elevado nível de matrícula no ensino técnico.

Na maioria dos países da OCDE, um significativo número de alunos frequenta cursos técnico-vocacionais nos últimos anos da escola secundária. Portanto, as estatísticas apresentadas abaixo se referem a alunos que tipicamente participam do PISA.

Os 37 países da OCDE participam do PISA. Desses, 12 possuem 50% ou mais dos alunos em cursos exclusivamente técnicos ou com um forte componente técnico. Nos demais, a taxa total de participação de alunos em cursos médios técnicos é inferior a 50, mas nove desses 25 países possuem mais de 30% dos alunos do ensino médio em cursos inteiramente técnicos.

Com raras exceções, como é o caso da Finlândia e na maioria dos estados dos Estados Unidos, o ensino técnico é ministrado em escolas vocacionais.

Há dois resultados sobre os quais vale refletir.

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Em primeiro lugar, todos esses países – apesar do grande número de alunos matriculados em cursos médios técnicos – apresentam desempenho significativamente superior ao do Brasil.

Esse é o dado mais importante a considerar. Ainda que os alunos do ensino médio técnico não atinjam o mesmo nível de notas que os alunos das escolas acadêmicas, a média geral dos países continua muito acima da nossa.

A segunda reflexão está baseada nas figuras 1, 2, e 3. Essas figuras foram extraídas do relatório do PISA 2018. As informações merecem reparos, pois as amostras dos vários países não coincidem com as informações sobre países e percentuais de alunos em cursos técnicos. Esses dados nos permitem desenvolver as seguintes observações e reflexões:

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. Em Matemática, a nota dos alunos de escolas técnicas da OCDE situa-se 39 pontos abaixo da média dos demais alunos. Esses alunos encontram-se apenas 19 pontos abaixo da média dos alunos das escolas privadas do Brasil.

. Em Leitura, é de 45 pontos a diferença entre alunos de escolas técnicas e acadêmicas nos países da OCDE – ainda menor do que a diferença entre alunos de escolas públicas e privadas no Brasil. O mesmo acontece no teste de Ciências.

Ou seja, apenas de problemas existentes na amostra, os dados sugerem que, nos países desenvolvidos, para um contingente significativo de alunos, parece mais adequado oferecer um ensino que eles sejam capazes de seguir e concluir do que oferecer a chamada “educação geral para todos”.

No Brasil, como não temos essa distinção no ensino médio (ainda prevalece a “educação geral para todos”, com uma infinidade de matérias), muitos alunos que frequentam a escola pública são penalizados.

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