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‘The Thing About Pam’: A absurda história real da mulher que matou a amiga

Série do Star+ com Renée Zellwegger retrata o caso cruel de uma assassina que manipulou a polícia a seu favor

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jun 2022, 12h26

Em 27 de dezembro de 2011, Betsy Faria, uma mulher com câncer terminal, foi brutalmente assassinada na sala de sua casa com mais de 50 facadas. Apesar da última pessoa a vê-la viva ter sido sua melhor amiga, Pamela Hupp, o marido da vítima,  Russ Faria, foi acusado do crime e, mais tarde, condenado à prisão. Mesmo com álibis sólidos e provas de que estava bem longe da esposa na hora do assassinato, ele não conseguiu convencer policiais, a promotoria e um júri da pequena cidade Troy, no Missouri, de sua inocência. Em contrapartida, Pam, que havia sido colocada como destinatária de um seguro de vida de 150.000 dólares de Besty poucos dias antes da morte, conquistou a simpatia de toda a comunidade e, sem levantar qualquer suspeita, se livrou do casal como uma mestra.

A história real e cruel é narrada por The Thing About Pam, minissérie de seis capítulos disponível no Star+ desde maio. Porém, a assassina da vida real era ainda mais fria e calculista do que a da ficção. Estrelada por Renée Zellwegger no papel de Pam Hupp, a trama faz, especialmente, uma crítica ao modo como a polícia  investigou o caso, pendendo para as estatísticas e pela mulher manipuladora em vez de seguir as evidências. Como retratado na ficção, Faria passava todas as terças-feiras com os amigos para uma noite do jogo. Na terça de 27 de dezembro de 2011, ao voltar para casa encontrou sua esposa morta. No desespero, ligou para o serviço de emergência e chorou exageradamente, alegando que a Betsy parecia ter cometido suicídio. Preso pelo crime, Faria foi representado pelo advogado Joel Schwartz, que tentou, em vão, inocentá-lo.

No dia do assassinato de Betsy, Pam fez de tudo para levar a amiga para casa após uma sessão de quimioterapia a qual a vítima tinha se submetido. E, após esfaqueá-la diversas vezes, fez ligações que serviram de álibi. Durante o julgamento de Faria em 2013, Pam foi uma testemunha-chave contra ele, pintando o homem como um bebedor agressivo que abusava verbalmente de Betsy. Convencidos pela suburbana, o júri condenou Russ por assassinato e ele foi preso.

Após três anos encarcerado, Faria teve direito a um novo julgamento, no qual foi finalmente absolvido. Ele abriu uma ação civil contra três policiais, alegando que as autoridades fabricaram provas contra ele e os acusando de negligência por não investigarem a suspeita mais óbvia, no caso, Pam. Faria venceu e recebeu 2 milhões de dólares de indenização em um acordo extrajudicial. A polícia somente reabriu o caso de Betsy Faria para investigar Pam Huppy quando, em agosto de 2016, a nada inocente mulher atirou e matou Louis Gumpenberger, um homem de 33 anos com deficiência mental e física. Embora ela tenha alegado legítima defesa, a polícia disse ter descoberto que Pam atraiu Gumpenberger para sua casa propositalmente e cometeu o crime na tentativa de distrair a investigação sobre Betsy.

Em 2019, a criminosa foi condenada à prisão perpétua sem liberdade condicional pelo assassinato de Gumpenberger e ainda aguarda julgamento pelo assassinato de Betsy Faria, e pode ser sentenciada à pena de morte. Pam se diz inocente nos dois casos. Curiosamente, a mãe de Pamela Hupp, Shirley Neumann, morreu em circunstâncias misteriosas em um asilo em 2013. As duas não se davam bem, e a filha era a única beneficiária de um seguro de vida da idosa. A polícia acredita que Pam foi a última pessoa a ver Shirley viva, mas concluiu a investigação como “acidental” e depois “indeterminada”.

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