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Por que a família real saudita é tão numerosa?

O homem que fundou a Arábia Saudita em 1932 e  transformou um deserto disputado por tribos em um reino onde apenas os membros de sua família poderiam ser reis, chamava-se Abdul Aziz ibn Saud. Desde que o país foi criado até hoje, todos os monarcas foram de fato seus filhos: Saud, Faisal, Khalid, Fahd, Abdullah e o atual rei, Salman. Nos eventos oficiais, os filhos […]

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 22h00 - Publicado em 28 ago 2016, 08h11
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  • Em encontro anual da família real  na capital da Arábia Saudita, Riyad, em 2003, um jovem príncipe cumprimenta e jura obediência ao rei Abdullah bin Abdulaziz Al Saud, que foi rei do país até 2012 (Crédito:  Reza/Getty Images)

    Em encontro anual da família real na capital da Arábia Saudita, Riyad, em 2003, um jovem príncipe cumprimenta e jura obediência ao rei Abdullah bin Abdulaziz Al Saud, que foi rei do país até 2012 (Crédito: Reza/Getty Images)

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    O homem que fundou a Arábia Saudita em 1932 e  transformou um deserto disputado por tribos em um reino onde apenas os membros de sua família poderiam ser reis, chamava-se Abdul Aziz ibn Saud.

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    Desde que o país foi criado até hoje, todos os monarcas foram de fato seus filhos: Saud, Faisal, Khalid, Fahd, Abdullah e o atual rei, Salman. Nos eventos oficiais, os filhos sempre entravam na mesma ordem, do mais velho para o mais novo.

    No cômputo total, quando se soma toda a parentada de Abdul Aziz ibn Saud, dá cerca de 15000 pessoas. Mesmo com uma taxa de fertilidade de 7 filhos por mulher nas décadas passadas (hoje é menor que 4 por mulher), o valor impressiona.

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    A progressão geométrica com que a família cresceu se explica pelas normas religiosas e pela vida do fundador do país.

    Na surata 4:3 do Corão, lê-se:

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    “Esposai as que vos aprazam das mulheres: sejam duas, três ou quatro. E se temeis não ser justos, esposai uma só, ou contentai-vos com as escravas que possuís”

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    A regra não é um limite que deve ser respeitado ao longo de toda a vida, e sim ao mesmo tempo. Assim, se um homem se separa da sua quarta mulher, pode casar-se novamente.

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    Abdul Aziz ibn Saud teve 45 filhos com 22 esposas. O número de filhas não é contado é estimado em mais de cinquenta. Seu filho Saud, um desses 45, superou o pai em relação à prole: 53 filhos e 54 filhas.

    A outra razão para explicar o crescimento é circunstancial. Ao conquistar várias tribos ao longo de trinta anos de batalhas sangrentas para instaurar o seu reino, Abdul Aziz também estabelecer uma relação duradoura com cada um dos grupos dominados. Isso ele obteve executando dezenas de milhares de pessoas e também por meio do casamento. No seu livro The Saudi Royal Family (Chelsea House), Jennifer Bond Reed explica esse mecanismo:

    “Abdul Aziz teve quase 300 mulheres durante sua vida. Muitas dessas mulheres ele casou por apenas um dia. Ele provavelmente nunca viu suas faces, uma vez que a mulher deve usar o véu mesmo durante sua noite de casamento. Apesar desse breve contato, diz-se que cada mulher com que casou com Abdul Aziz ficou perdidamente apaixonada por ele e o amou pelo resto da sua vida. Isso é parte da lenda de Abdul Aziz e como ele conquistou a Arabia”.

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    A família imperial japonesa está no extremo oposto. Embora no passado o imperador podia ter várias concubinas, há algumas gerações ele só tem uma esposa. Como a lei nacional só permite que o cargo seja transmitido para os filhos, as princesas sofrem com uma pressão para ter descendentes homens. Hoje, há apenas três homens na linha sucessória do trono: os dois filhos de Akihito (Naruhito e Fumihito) e um neto, Hisaito, que nasceu 2006.

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