Turma do funil
Sacramentadas as candidaturas, caíram dogmas que na verdade eram apenas crenças
Pronto, realizadas as convenções, sacramentadas as candidaturas à Presidência, agora o jogo eleitoral é para valer. À exceção do PT que segue em seu trânsito pelo terreno da imaginação, partidos, elegíveis e eleitores terão de lidar com a realidade que se impôs ao que no início da jornada pareciam dogmas, mas que se revelaram crenças totalmente dissolvidas no ar.
Essa turma é sobrevivente ao funil dos fatos e das circunstâncias que derrubaram algumas mistificações. Citemos três delas dadas como certas: o sucesso dos chamados “outsiders” em decorrência do repúdio à política tradicional, o fortalecimento da esquerda em função dos aludidos descompassos no trato do caso Lula por parte dos investigadores da Lava Jato e o anseio do eleitor por candidaturas de “centro” por alegada rejeição a radicalismos.
Derrubando uma a uma: os “de fora” caíram fora, a esquerda virou refém minoritário do afã de Lula de ser majoritário e o centro não se revelou por si um ativo nesses tempos de sentimentos radicais. Ficou, por ora, de pé a crença de que a disputa final vai se dar os moldes de sempre, entre PT e PSDB. A ver, pois é preciso esperar para saber se ainda haverá PT.