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Pensar antes de teclar

O bom-senso é o melhor antídoto aos engodos na política

Por Dora Kramer Atualizado em 27 abr 2018, 06h00 - Publicado em 27 abr 2018, 06h00
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  • Da constatação (sem contestação) de que o jogo eleitoral foi pesado em 2014 devido à difusão de mentiras, notadamente em direção à candidata da Rede, Marina Silva, especialistas no tema da moda, as fake news, afirmam que os brasileiros não viram nada até agora.

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    Segundo eles, o jogo eleitoral será ainda mais sujo em 2018 em decorrência da disseminação no ambiente dos debates políticos de grupos de origem não identificável cuja função é atacar adversários com a propagação de falsos fatos e informações distorcidas.

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    Há quatro anos, a campanha da então presidente Dilma Rousseff investiu na tentativa de reeleição muitos milhões, vários deles para o marqueteiro João Santana e por meios ilícitos. Uma das funções de Santana era criar uma personagem, no caso e à época uma imagem (falsa) de rainha eternamente vencedora a despeito de todas as adversidades.

    De acordo com ele, os adversários seriam “anões” a ser engolidos pela incrível e gigante Dilma, que naquela versão superaria e venceria a todos.

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    Essa era a história contada numa ocasião diferente. Numa outra, relatada já na fase final da campanha mas ainda antes do primeiro turno, os eleitores eram convidados a acreditar em comunicações falsas. Gente tratada como boboca e que até fazia jus ao tratamento, pois via verdade naquelas cenas nas quais se tirava a comida do prato dos “pobres” para dar o equivalente em dinheiro aos “ricos”, ali representados pelos bancos.

    Instituições essas demonizadas como se a sustentação financeira de todas as pessoas que não concordassem com o modo de operação do PT decorresse necessariamente de condutas ruins ou, no mínimo, equivocadas.

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    É uma maneira de pensar e sempre se pode argumentar que quem constrói a dita narrativa dá a ela o conteúdo que quiser. Por mais que isso seja razoável, não é aceitável nem natural que as pessoas possam atuar normalmente, sem a influência de boatos e mentiras, hoje nominados fake news. Não gosto muito do termo, até porque, na minha visão, se algo é fake, falso, não se pode coadunar com o conceito de notícia (news).

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    Traduzindo: se é duvidoso ou falso (fake), não é noticioso (news), coisa em cujo conteúdo se possa ou deva acreditar. Essa crença aplicada ao discernimento é que leva o cidadão à escolha mais correta: seja quando entra nas redes sociais para expressar uma opinião, seja quando vai à urna eletrônica para exercitar o direito do voto, ainda visto neste nosso país como um dever obrigatório.

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    Em ambos os casos devemos, cidadãos e cidadãs, pensar muito bem antes de escolher onde nossos dedos vão teclar: para falar e/ou compartilhar nas redes sociais ou escolher o melhor candidato ou em quem votar. Da sociedade, portanto de nós, dependem tanto a melhor política quanto o melhor país.

    Donde é preciso refletir para teclar na vida todo dia e na urna quando for o dia.

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    Publicado em VEJA de 2 de maio de 2018, edição nº 2580

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