Luciano Bivar lança hoje sua candidatura à Presidência pelo União Brasil sem que ninguém precise lhe informar, nem debochar, sobre a chance nula. Concorrer a sério não é o propósito do cacique do partido que hoje conta com o maior volume de recursos públicos (mais de R$ 900 milhões) para financiar campanhas e o que mais lhe aprouver fazer com essa dinheirama.
A ideia de Bivar é outra, num plano de três etapas. A primeira, já cumprida, tirar Sérgio Moro do jogo depois de atraí-lo do Podemos ao União Brasil. Favoreceu com isso tanto a Bolsonaro quanto a Lula.
A segunda etapa é criar um biombo para que os correligionários fiquem livres em suas regiões para não apoiar explicitamente a nenhum dos dois e para se aliar a um ou a outro conforme os interesses locais.
Por fim, e mais importante, investir o ervanário na eleição de volumosa bancada de deputados federais que, quanto maior for, mais dinheiro público receberá para as próximas eleições e mais poder terá sobre o presidente a ser eleito em outubro.