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Diário da Vacina

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A repórter Laryssa Borges, de VEJA, relata sua participação em uma das mais importantes experiências científicas da atualidade: a busca da vacina contra o coronavírus. Laryssa é voluntária inscrita no programa de testagem do imunizante produzido pelo laboratório Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
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Estudo sugere que grávidas passam anticorpos anti-Covid para os bebês

Farmacêuticas querem testar vacinas em gestantes e crianças, hoje fora dos planos de imunização do governo

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 fev 2021, 11h31

2 de fevereiro, 8h35: “Vai ser difícil convencer mulheres grávidas a tomarem vacinas experimentais contra a Covid-19. Também vai ser difícil convencer mães a autorizarem que suas crianças se submetam a estudos clínicos para ver a vacina funciona para elas”, me disse o pesquisador Luis Augusto Russo, responsável por recrutar adultos a testarem o imunizante desenvolvido pela Janssen-Cilag durante esta pandemia.

Depois do anúncio de eficácia da vacina de 66% para casos de moderados a graves e de 85% contra hospitalizações e mortes, o braço farmacêutico da Johnson & Johnson anunciou que pretende testar nos próximos meses o imunizante também em adolescentes. Na sequência, será a vez de mulheres grávidas e de crianças se alistarem como voluntários da pesquisa científica. Não será tarefa simples, prevê o doutor Russo, por conta da quantidade de incertezas que temos diante do novo coronavírus. Uma situação são ensaios clínicos em que mães autorizam seus filhos a testarem tratamentos contra dermatite atópica ou com hormônio do crescimento, avalia ele. Outra é os colocar nos testes para Covid.

Ainda assim, uma boa notícia para as gestantes surgiu dos meios científicos. Um estudo publicado na revista científica Jama, da Associação Médica Americana, sugere que grávidas passam, em alguma medida, anticorpos contra a Covid-19 que podem proteger o feto. A pesquisa reuniu 1.471 grávidas da Filadélfia, sendo que 83 delas já tinham sido infectadas pelo coronavírus. Foram recolhidos soros maternos e sangue do cordão umbilical dos pacientes deste centro de parto americano e veio a boa notícia: do universo das 83 mulheres, os bebês de 72 delas tinham IgG reagente.

Os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e do Hospital Infantil da Filadélfia, responsáveis pela pesquisa, afirmaram que os resultados do estudo se alinham às evidências atuais de que não é comum, embora exista, a transmissão da Covid via placentária ou neonatal e mostram que anticorpos induzidos pela vacina podem ser passados para o bebê. A concentração de anticorpos, afirmaram eles, foi mais alta quando havia uma maior distância entre o momento da infecção da mãe e a hora do parto.

“Nossas descobertas demonstram o potencial dos anticorpos derivados da mãe para fornecer proteção neonatal contra a infecção por SARS-CoV-2 e ajudarão a informar tanto as orientações para o manejo neonatal quanto o planejamento dos ensaios de vacinas durante a gravidez”, dizem os pesquisadores. Para a epidemiologista Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Institute, em Washington, os resultados indicam que “mesmo mães que obtiverem imunidade com a vacina em vez de infecção natural serão capazes de compartilhar anticorpos derivados da vacina com seus fetos”.

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