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O gosto do poder

O que os bilionários nos dizem com seus hábitos alimentares excêntricos?

Por Lucilia Diniz
8 fev 2024, 18h38

Lagosta, caviar e champanhe. Esqueça. Ninguém se alimenta dessas “comidas de rico” todo dia. No lugar delas, pense em doces, refrigerante e hambúrguer. É o que sacia o apetite de grandes magnatas, conforme relatam observadores próximos e, muitas vezes, eles mesmos.

Recentemente, li sobre os hábitos alimentares de personalidades do mundo do dinheiro e da tecnologia. Eles passam longe dos clichês de glamour. Seu cardápio nada tem de refinado ou de saudável. Ao contrário.

Elon Musk adora donuts ou um chocolate como café da manhã. No almoço, o inquieto empreendedor dos carros elétricos, foguetes e satélites engole em minutos o quer que lhe tragam durante alguma reunião. Parece que no jantar (quase sempre de negócios) se alimenta melhor. Também é louco por coca diet e já disse que não liga se o hábito lhe roubar anos de vida.

Bill Gates é outro fã da bebida. Certa vez, fechou por dois dias um restaurante estrelado em Barcelona. O menu preparado para seu grupo incluía caviar e foie gras, mas ele pediu uma coca, não tocou em mais nada e, palavras do chef, voltou para o seu avião. O fundador da Microsoft parece ter paladar infantil: come cereal sabor chocolate no café e ama cheeseburger.

Refrigerante e fast-food também são paixões do megainvestidor Warren Buffet. No documentário sobre sua vida, ele conta que toma café da manhã no McDonald’s todos os dias. E também que segue um curioso ritual para isso. A lanchonete oferece três opções de desjejum, que custam a partir de US$ 2,69. Ao fazer a barba antes de sair de casa, ele diz a mulher para separar uma cifra em moedas conforme o desempenho do mercado no fechamento anterior. Se o valor de seus investimentos oscilou para baixo, ele escolhe entre os menus mais baratos. Quando se sente próspero, dá-se o luxo de pegar a opção mais cara, de US$ 3,17.

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Há ainda os que, em vez de comer mal, resolvem não comer. Na minha experiência, isso é insustentável. Mas, pelo que tenho lido, muitos acreditam que o jejum intermitente é bom para manter o corpo em excelente forma física e mental.

O premiê britânico, Rishi Sunak, recentemente virou notícia não por suas decisões, mas por declarar que passa 36 horas sem comer no início de cada semana. Entre as cinco da tarde do domingo e as cinco da manhã de terça, tudo o que ingere é água, chá preto e café sem adoçar.

“Cada louco com suas manias”, você, leitor, pode pensar. Mas é possível traçar algumas explicações bem racionais para tais excentricidades.

O gosto por alimentos “errados”, vindo de quem tem recursos e informação para comer bem, pode indicar uma aproximação dessas personalidades com o “homem comum”. Ainda, com suas refeições rápidas, eles comunicam que não têm tempo a perder.

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Elon Musk disse em uma biografia que, se pudesse ficar sem comer para trabalhar mais, ficaria. Gates ecoa a ideia: ele optaria por abrir um envelope de Tang e lamber o conteúdo direto da mão durante os compromissos.

Os que jejuam levam isso ao extremo. Além de ganhar foco e tempo, eles se mostram capazes de aguentar circunstâncias difíceis. É quase como dizer que nada os abate.

Fecho com um pensamento que, ironicamente, vem do mesmo Buffett. Numa palestra para estudantes, ele pergunta o que fariam se só pudessem ter um carro a vida toda. “Cuidariam bem”, ele mesmo responde. E emenda: “Vocês não vão ter um carro só. Mas têm só um corpo e uma mente. Hoje eles estão ótimos, mas têm de durar a vida toda”.

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