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Musa tropical

Os motivos pelos quais, para muitos, a banana reina entre as frutas.

Por Lucilia Diniz
Atualizado em 8 Maio 2024, 16h35 - Publicado em 26 jan 2024, 17h17
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  • symbolic picture for a bad air company
     (//Getty Images)

    “Musa paradisíaca”. Assim, em latim, mas bem fácil de entender, foi como o botânico sueco Carollus Linnaeus, ou Lineu como ficou conhecido, classificou a banana no século 18. Não sei se ele viu a planta em si ou um desenho, mas deve ter se maravilhado com o pendão arroxeado e as verdes folhas da bananeira, em tudo exóticas para um europeu do Norte, a ponto de lhe dar nome tão inspirado.

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    Errado não estava. A banana pode não ser tão simbólica quanto a maçã, a fruta do paraíso celeste, mas, nos paraísos da Terra, reina entre as frutas, sendo a preferida de muitos.

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    Sua fama se espalhou pelo mundo. Talvez em parte por enfeitar o turbante colorido de Carmen Miranda, que, pelas telas do cinema americano dos anos 1940 e 1950, se tornou a imagem eterna do Brasil. Mas também por suas qualidades próprias.

    Está presente em toda a faixa tropical do globo, em mil variedades. Quem conhece a canção de Jorge Benjor que cita banana nanica, maçã, ouro, prata, da terra, figo, são-tomé e d’água (ufa!) pode achar que são muitas. Mas é só uma minúscula amostra dos tipos que crescem das Américas à Ásia.

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    É fácil de levar e de comer, dispensando utensílios. Embora alguns olhem com comedimento para ela, pelos açúcares, outros a veem como aliada, porque suas fibras dão saciedade.

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    Na culinária, pode ser usada em doces e salgados – na Colômbia, onde estive recentemente, são comuns os “patacones”, bananas verdes fritas que acompanham pratos à base de peixe.

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    Ao natural, é aliada dos esportistas. Quando viajamos, meu marido e eu gostamos de comer banana logo no desjejum do hotel, antes de nossas caminhadas. O tenista Guga Kuerten a consumia nos jogos, para evitar as cãibras – a banana é uma conhecida fonte de potássio.

    Mas os fãs da fruta conseguem elencar outras mil e uma utilidades. Circula há tempos uma mensagem que diz que ela é boa para os nervos, o estômago e o intestino, combate o a depressão, o estresse e a pressão alta. A lista continua e não traz solução só para grandes queixas: diz que a parte de dentro de sua casca corta coceira de picada de mosquito e serve para lustrar sapatos.

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    Apesar de sua abundância (que por muito tempo fez dela um fruto barato, dando origem à expressão “preço de banana”), um tipo dela dominou o mercado mundial. Tão comum por aqui, a banana nanica ou d’água, conhecida internacionalmente como cavendish, se tornou quase a única versão disponível na parte do mundo que não a produz.

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    Obra da United Fruit Company. Nascida em 1899, a UFC tornou-se um império rapidamente, controlando plantações dedicadas somente à banana na América Latina. Seu enorme peso na economia migrou para a política – e daí vem a expressão pejorativa “república das bananas” para falar de um país instável e sujeito a intervenções estrangeiras, como o golpe na Guatemala, em 1954.

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    Se você perguntar a um americano ou europeu que cresceu antes dos anos 1960 sobre as bananas de sua infância, ele vai dizer que o gosto era diferente. É que, naquela época, a fruta “tipo exportação” era outra, a “gros michel”. Foi quando as plantações da UFC foram dizimadas pelo “mal-do-panamá” que a nanica, resistente a esse fungo, se tornou a campeã.

    Hoje a companhia se chama Chiquita Brands. O que não se alterou foi seu domínio. O sabor do paraíso, para a maior parte do mundo, é um só.

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