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Dormir é para os fortes

Sono se torna uma nova fronteira no esporte e no trabalho

Por Lucília Diniz
4 abr 2024, 16h23

“Dormir, talvez sonhar”, suspira Hamlet em seu célebre monólogo. No texto, famoso pela indagação sobre “ser ou não ser”, o príncipe da Dinamarca medita sobre a possibilidade de descansar no fim da vida. Mas é ao longo dela, no cotidiano, que os maiores obstáculos ao repouso se apresentam.

Muitos ainda se debatem em busca de maneiras para minimizar as horas de sono e usá-las em funções “úteis”. Afinal, o tempo dedicado a isso, por décadas, foi visto como mal gasto e, não à toa, o bordão “dormir é para os fracos” ainda é repetido por aí, com maior ou menor grau de ironia. Pois bem. Parece que, na verdade, dormir é para os fortes. Ou os que querem sê-lo.

Um dos sinais vem do mundo do esporte. Mais especificamente, do universo dedicado aos atletas de alto rendimento, sempre em busca de novas estratégias para melhorar seu desempenho. Recentemente, os treinadores da equipe do Reino Unido divulgaram uma técnica a ser usada no preparo dos competidores do país nas Olimpíadas de Paris: tirar sonecas.

A ideia é que o sono é tão importante quanto outros aspectos normalmente lembrados para os resultados de excelência: talento, dedicação, treinamento rigoroso e nutrição adequada.

Por isso, cabines de duas diferentes modalidades – uma para dormir totalmente isolado do mundo, como num casulo, outra mais parecida a uma poltrona com uma cobertura – estão sendo montadas na área apelidada de “retiro do sono” dos atletas.

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Mas o descanso não é crucial somente para o alto rendimento de atletas. No mundo corporativo, executivos com dificuldades para dormir também experimentam uma queda na performance. A conexão entre sono e eficiência no trabalho, embora menos discutida, também está começando a ganhar atenção. O repouso inadequado, afinal, pode afetar a capacidade de tomada de decisão, a criatividade e a capacidade de lidar com o estresse, aspectos fundamentais para a liderança no ambiente de trabalho.

Desempenho à parte, pode-se dizer, porém, que o sono está sendo revalorizado em todos os âmbitos, talvez numa reação às consequências do mundo altamente conectado, que fragmenta o tempo e as experiências. No ano passado, uma pesquisa destrinchou o sono dos americanos e comprovou os vínculos entre má qualidade do repouso e depressão. E o reconhecimento dos méritos do descanso apropriado para a saúde física e mental já ganhou o mercado.

A demanda fez emergir uma tendência na hotelaria, com quartos e pacotes projetados para promover uma noite de sono reparador. As férias cada vez mais estão sendo associadas ao descanso, não só o de sair da rotina, mas o da restauração plena do corpo. Os serviços oferecidos nesse novo nicho incluem desde ambientes projetados para otimizar a qualidade do sono até programas personalizados, quase como spas do sono.

É claro que o bom descanso deveria ser cotidiano. Mas ele não depende tanto assim do luxo especializado. Na verdade, nem toda a lavanda da Provença ou os mais finos fios egípcios seriam capazes de suprir a boa e velha rotina, importante para o relaxamento e para manter a máquina do corpo funcionando, mesmo no descanso.

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