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Um dado da pesquisa Ipespe que tem tudo para atormentar Jair Bolsonaro

Levantamento indica que o Auxílio Brasil, centro da estratégia para pavimentar a reeleição do presidente, ainda custa para impactar na percepção do eleitor

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 27 jan 2022, 11h52 - Publicado em 27 jan 2022, 11h42
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  • Antes mesmo do início da pandemia do coronavírus, o governo do presidente Jair Bolsonaro dava um primeiro contorno ao que viria a ser o Auxílio Brasil, programa social criado para substituir o Bolsa Família. Naquela época, o governo nem imaginava que o programa viria a ser tão relevante, queria apenas uma marca para chamar de sua na área social. A pandemia estourou e até Paulo Guedes passou a confidenciar aos mais próximos que era preciso fazer de tudo para tirar a proposta do papel. Mas os números da nova pesquisa Ipespe, divulgada nesta quinta-feira,  têm tudo para atormentar Bolsonaro.

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    Como apontou a análise do cientista político Antonio Lavareda, os números mostram que o Auxílio Brasil até agora não alterou a percepção do brasileiro em relação à economia. Também não foi capaz de interferir no cenário eleitoral. O benefício já teve seu segundo pagamento concretizado e alcançou o valor de R$ 400, muito superior aos R$ 250 que o governo Bolsonaro vislumbrava quando começou a idealizar o novo programa. Mas nem por isso o investimento deu resultado até o momento.

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    A avaliação do governo praticamente não mexeu e qualquer oscilação permanece dentro da margem de erro. Pela pesquisa, 55% dos entrevistados avaliam o governo como ruim ou péssimo, ante 54% no levantamento anterior. Os que enxergam o governo como ótimo ou bom foram de 24% para 23%. O cenário é parecido na avaliação do presidente. Os que desaprovam se mantêm em 64%; os que o aprovam foram de 30% para 29%. Enquanto isso, 65% acham que a economia está no caminho errado (ante 66%) e os que acreditam que está no caminho certo continuam em 26%.

    Quando o assunto é a corrida presidencial, também sem grandes novidades para Bolsonaro. O ex-presidente Lula segue favorito, com 44%, enquanto o presidente tem 24%. Uma mudança a se notar é o empate entre Sergio Moro e Ciro Gomes, ambos com 8%, o aponta alguma movimentação na tal terceira via. Ainda assim, a ideia de uma alternativa ao meio capaz de romper a polarização custa a se anunciar.

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    Em resumo, a pesquisa traz Lula em ampla vantagem sobre Bolsonaro, cenário de polarização e dificuldade da terceira via em decolar, percepção ruim da política econômica e falta de confiança no governo. Tudo isso coroado com uma dificuldade para o presidente Jair Bolsonaro se apropriar da marca do Bolsa Família. Um prato cheio para Lula e para o PT.

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    Saiba mais: Nova pesquisa Ipespe: Lula tem 44% dos votos contra 24% de Bolsonaro

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    Veja também: Por que Lula está preocupado com a nova pesquisa Ipec

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