O núcleo central da pré-campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem se mostrando preocupado com o ritmo de queda da popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Justamente por avaliar que é mais fácil enfrentar Bolsonaro que um nome da chamada terceira via, a campanha petista trabalha para segurar a polarização. Se Bolsonaro cair demais, avalia um interlocutor, o jogo será mais difícil.
A tese petista é que esta fase inicial da corrida, em que os candidatos começam a se lançar oficialmente, é importante para definir um ponto de partida para a disputa. Se Bolsonaro largar com a popularidade prejudicada demais, uma parte dos eleitores do presidente passa a olhar com mais atenção para as alternativas.
O time de Lula entende que Sergio Moro (Podemos) ainda é, entre os possíveis nomes ao centro, aquele que melhor permite um contraponto com o ex-presidente, dado o histórico de enfrentamento dos dois na Operação Lava Jato. Mas o clima é de atenção também quanto ao governador João Doria, agora colocado oficialmente como presidenciável pelo PSDB.