Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já discutem há algumas semanas a necessidade de se criar uma espécie de “antídoto” contra o presidente Jair Bolsonaro na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-26). Em conversas reservadas, os dois parlamentares avaliam que é preciso garantir presenças ilustres na delegação brasileira, para evitar que o diálogo com líderes internacionais fique restrito ao grupo de auxiliares do presidente.
No Congresso, a tese é das mais simples: o que não falta no governo é gente querendo repetir o fiasco da ida de Bolsonaro à Assembleia-Geral da ONU. “O pior é que eles querem mesmo. E, mesmo que tentem fazer as coisas direito, é tanto amadorismo que fica difícil acreditar que vá ser de outro jeito”, desabafou à coluna um parlamentar diretamente envolvido nas conversas para a COP-26.
Lira, por exemplo, já avisou que pretende liderar pessoalmente a comitiva de parlamentares que viajará a Glasgow na virada do mês. Em recente entrevista ao Amarelas On Air, o presidente da Câmara deu o tom que pretende levar à COP-26. “Vamos ser alvos de todo mundo, inclusive com os problemas comerciais com a Europa, como o patinho feio do meio ambiente. Na verdade, é uma luta de todos nós e a Câmara vai se debruçar sobre isso também.”
Confira a entrevista de Arthur Lira ao Amarelas On Air: