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A terceira via de mentirinha de Doria, Moro e Mandetta

Jantar que reuniu o governador paulista e os dois ex-ministros não reflete unidade do centro, mas sim os projetos pessoais de cada um deles

Por Clarissa Oliveira 1 out 2021, 12h57

João Doria, Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta jantaram juntos na quarta-feira, na casa do empresário Caco Alzugaray, dono da Editora Três. Amigos à mesa, supostamente prontos para deixar seus projetos pessoais em segundo plano em nome de uma união. Os três riram, brindaram, comeram e até ensaiaram um slogan conjunto para 2022, como mostrou o Radar. Um prenúncio da tão esperada terceira via, aquela que seria capaz de dissolver a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seria. Se não fosse um porém: ninguém ali joga em equipe neste momento.

É claro que a imagem de três nomes relevantes situados ao centro do espectro político em um jantar para discutir os rumos do País tem seus encantos. Remete à ideia de que o centro não está tão dividido assim. Quem tem chances de ganhar musculatura até a eleição. Mas, pelo menos neste momento, a cena é mais interessante para cada um deles, individualmente.

Prova disso é que houve quem falasse em convidar Michel Temer, que se lançou como o mais novo pacificador da República ao articular o recuo do presidente Jair Bolsonaro, após os atos de 7 de setembro. Seria uma forma de dar uma forcinha naquela aura de terceira via. Mas Temer acabou vetado da lista de convidados. Nenhum dos três queria passar a mensagem de que ex-presidente seria o articulador dessa união. Temer, por sua vez, fez circular por aí que não compareceria ao evento mesmo que tivesse sido chamado.

Para João Doria, o jantar de quarta é antes de tudo uma demonstração de força nas prévias tucanas, na qual tem como adversário o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. Sentar-se à mesa com Moro e Mandetta sugere que o governador paulista seria capaz de atrair apoios não só dentro do partido, mas também fora dele.

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Moro, por sua vez, mostra que está no jogo, ao contrário do que muita gente disse algum tempo atrás. O ex-ministro da Justiça passou as últimas semanas em um périplo para discutir a corrida presidencial. Disse que não decidiu se sairá candidato ou não. Mas avisou que, se o fizer, será para presidente. Nada de ser candidato a vice, nem senador.

Já Mandetta mostra que não é carta fora do baralho para o seu próprio partido. Desde que começou a se desenhar uma fusão do DEM com o PSL, alguns caciques do partido jogaram o ex-ministro da Saúde para escanteio e passaram a alardear a ideia de uma candidatura presidencial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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