Pesquisa mostra números recordes de consumo de alucinógenos por jovens
Levantamento feito por agência sanitária dos Estados Unidos revela que 43% do público entre 19 e 30 anos usou maconha no último ano
Desde 1988, os Institutos Nacionais da Saúde (NIH, da sigla em inglês) dos Estados Unidos realizam uma pesquisa anual para identificar o consumo de drogas por jovens adultos na faixa entre 19 e 30 anos. E o levantamento de 2021 aponta para os maiores índices já registrados.
A proporção de entrevistados que disse ter usado maconha em algum momento no ano passado foi de 43%, um salto significativo sobre os 34% registrados em 2016, e ainda maior sobre os 29% apontados no levantamento de 2011. O uso diário também passou de 6% em 2011 para 11%.
O uso de substâncias alucinógenas também foi confirmada por 8% dos jovens adultos. Em 2011, por exemplo, apenas 3% usaram algum tipo de psicodélico. A lista de substâncias inclui LSD, MDMA, mescalina, cogumelos e peiote.
O álcool continua sendo a droga mais consumida. Em 2011, 66% afirmaram ter consumido bebidas alcoólicas nos 30 dias anteriores à pesquisa, uma redução em relação aos 70% reportados em 2016. Outro dado mostra que 32% disseram ter tomado cinco ou mais drinks na sequência em um intervalo de duas semanas, o mesmo valor indicado em tempos pré-pandêmicos.
“À medida que o cenário das drogas muda ao longo do tempo, esses dados fornecem uma janela para as substâncias e os padrões de uso preferidos pelos jovens adultos. Precisamos saber mais sobre como os jovens adultos estão usando drogas como maconha e alucinógenos e os efeitos na saúde que resultam do consumo de diferentes potências e formas dessas substâncias”, disse Nora Volkow, diretora do Instituto Nacional do Abuso de Drogas. “Os jovens adultos estão em um estágio crítico da vida e aprimorando sua capacidade de fazer escolhas informadas. Compreender como o uso de substâncias pode impactar as escolhas formativas na idade adulta jovem é fundamental para ajudar a posicionar as novas gerações para o sucesso”, disse ela.
Ou seja, a importância desses dados é apontar onde é preciso fazer intervenções de saúde pública, bem como identificar o impacto do consumo em anos de formação.