A startup Kanna, anunciada oficialmente nesta terça-feira (13), nasceu com o objetivo de aproximar dois setores que vem atraindo a atenção dos investidores: os criptoativos e a cannabis. “Hoje encontramos grande potencial de expansão na comunidade canábica brasileira. E a comunidade cripto do país está entre as mais fortes do mundo, com um público engajado”, afirma Luís Quintanilha, CEO e co-fundador da Kanna.
A proposta da empresa para unir os dois segmentos é criar um criptoativo, o token KNN, cujo objetivo é remover CO2 da atmosfera e revitalizar o solo por meio do plantio de cânhamo. Com o cultivo da planta, serão feitos investimentos de melhoria na qualidade de vida de comunidades locais.
A pré-venda dos tokens da Kanna começa no dia 26 de outubro, no site da startup, com valores de investimento entre R$ 60 e R$ 500 mil. A partir da demanda pelos tokens nesse período a empresa vai traçar a estratégia necessária para validar a tese e dar o lastro inicial ao KNN. Ou seja, neste primeiro momento o valor captado na pré-venda vai ajudar a financiar a operação da Kanna.
Atualmente, a startup já está em contato tanto com empresas brasileiras que já têm autorização para o plantio da cannabis quanto com países vizinhos da América Latina. A partir desse protótipo de baixo custo, serão feitas pesquisas para ampliar o processo.
De acordo com o cronograma oficial traçado pela Kanna, a operação de cultivo começará de fato em 2023, e a Colômbia se apresenta como um destino bastante provável da primeira fazenda sustentável. “O país que tem uma maturidade muito avançada no setor e quer se tornar a maior referência mundial no assunto, com uma forte política de inclusão social contra o narcotráfico e um clima muito bom para cultivo”, afirma Quintanilha.
Há expectativa de fazer o plantio também no Brasil, mas para isso a regulamentação sobre o cultivo de cannabis no país precisa avançar. “Apesar do otimismo para o ecossistema, quando o assunto é regulamentação o Brasil caminha lentamente, vimos bons progressos para o público que faz uso do medicinal, mas ao falar de regulamentação para empresas o cenário é bem diferente”, diz Quintanilha.
Ao mesmo tempo, a Kanna espera ampliar a divulgação de conhecimento sobre o potencial da cannabis e do cânhamo. “A gente já começa desde o início trazendo para a Cannabis o poderoso discurso do ESG, confrontando uma imagem histórica de uma planta considerada ‘maligna’, e criando um ambiente que possa desenvolver uma comunidade unida que avança para a mesma direção”, conclui Quintanilha.
No site da Kanna, além do acesso à pré-venda, há um link para o white paper explicando a estratégia da startup e outros conteúdos relacionados a blockchain, cânhamo e o potencial do mercado legal de cannabis.