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Augusto Nunes

Por Coluna
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Oliver: A arca de Noel

VLADY OLIVER Vamos esclarecer uma coisa dura de ouvir? Não há lugar para toda a humanidade no mundo. Simples assim. Entendida essa penosa realidade, meia dúzia de gatos pingados saem por aí para criar a tal “arca” que seria a salvação da lavoura de uns em detrimento de todos. O capitalismo, aparentemente mais “cruel”, prega […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 23h48 - Publicado em 22 dez 2015, 17h58

VLADY OLIVER

Vamos esclarecer uma coisa dura de ouvir? Não há lugar para toda a humanidade no mundo. Simples assim. Entendida essa penosa realidade, meia dúzia de gatos pingados saem por aí para criar a tal “arca” que seria a salvação da lavoura de uns em detrimento de todos. O capitalismo, aparentemente mais “cruel”, prega que o mérito e o talento individual determinam a “nota de corte” de quem sobrevive ou não neste planeta. Já o “comunismo do século 21″, com sua falácia elegante e suas vertentes neopolíticas todas tortas, defende mesmo que é a sua casta, sob o pretexto das tais “políticas de inclusão” que deveria desfrutar do reino dos céus, pouco importa se tenham talento ou não para a coisa, ou se a riqueza amealhada para conseguir seu intento foi tungada de terceiros.

O fato é que o discursinho – dividindo tudo comunitariamente estaríamos assegurando os benefícios de todos – é de uma vigarice escandalosa, visto que os detentores do talento não se submetem a produzir para vigaristas, por uma causa que já nasce morta em essência. Somos únicos, indivíduos e nos recusamos a viver em manadas. O holocausto já deveria ter servido de exemplo do que não deveríamos querer para a nossa própria sociedade. Em contrapartida, aprendem rápido os maganões a dividir o butim enfiando metade na cueca. É o capitalismo do socialismo, tungando sempre o capital dos outros. Um mimo.

O que temos diante de nós é o enigma da pirâmide que todo Barbosão deveria decifrar, antes de assumir um cargo na economia: a que interesses atende o tal apadrinhado da dona do chefe? Os caras estão flertando com uma equação ideológica solenemente rejeitada por toda a sociedade brasileira que presta. A que não presta ─ e não trabalha ─ vive procurando desesperadamente uma teta, e não quer perder o assento que lhe foi prometido na janelinha da tal arca que vai salvar o planeta, pilotada por este antro de vigaristas.

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Infelizmente, só há dois caminhos a seguir. No primeiro deles, um bando de bárbaros se convence da “missão” que consiste em aniquilar a “sociedade capitalista ocidental”, com tudo o que ela representa de opulência e injustiça. Do outro, atingida em suas torres gêmeas e em sua honra e civismo, a sociedade que luta hoje contra sua própria natureza bélica e conquistadora terá de responder a todo esse cacarejo indecente, numa bela cruzada contra a ameaça constante.

Aposto todas as fichas no talento individual, na tecnologia, nos brios e na decência que sustentam os bons na hora do aperto. Na hora do show, estes carcamanos da verborragia barata aparecem adornados por tornozeleiras eletrônicas, como animaizinhos domésticos de uma sociedade farta de seus latidos e rosnados indecentes. Os caras são bandidos. Não diferem em nada dos calhordas do Estado Islâmico e companhia, que alardeiam uma “missão” para recrutar aviõezinhos do forró para suas respectivas casamatas.

Nela se encontram desde os Jôs e os Chicos, até os Genoinos e as Marilenas, numa vistosa confraria de biltres do capitalismo alheio. Os vassalos da ideologia manca. Os iluminados que terão direito ao bilhete único da arca picareta. Não sem antes dar uma lambida no vaso sanitário sagrado da ideologia rumbeira.

Dizem que quem obrou no vaso foi a própria Mercedez, aquela que eu não compraria nem amarrado, caminhando e cantando e seguindo a canção. Gracias a la Vida eu não vi essa cena. Se tivesse visto, tinha me convertido. A lá o corpo estendido no chão.

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