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Muito prazer, eu sou a MPB

Foto: Jardiel Carvalho Branca Nunes Teve microfonia, improviso e até um lapso de memória da cantora Vanuza. Mas tudo isso só contribuiu para ampliar a singularidade do ‘Troféu Sexo MPB 2011′, terceira edição do evento organizado pelo pesquisador musical Rodrigo Faour. Num ambiente para lá de animado, subiram ao palco do Tom Jazz, nesta terça-feira, […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 10h00 - Publicado em 4 dez 2011, 13h32
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  • Foto: Jardiel Carvalho

    Branca Nunes

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    Teve microfonia, improviso e até um lapso de memória da cantora Vanuza. Mas tudo isso só contribuiu para ampliar a singularidade do ‘Troféu Sexo MPB 2011′, terceira edição do evento organizado pelo pesquisador musical Rodrigo Faour. Num ambiente para lá de animado, subiram ao palco do Tom Jazz, nesta terça-feira, em São Paulo, lendas da Música Popular Brasileira, algumas injustamente esquecidas há anos pelos holofotes.

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    Ouvir Inezita Barroso, por exemplo, é sempre bom. Ouvir Ângela Maria é ótimo. Ouvir Cauby Peixoto é uma delícia. Ouvi-los juntos é um privilégio raro. Faour conseguiu isso com um sabor a mais: a trilha sonora era Ronda, de Paulo Vanzolini – até os garçons do Tom Jazz interromperam o serviço para aplaudir. A trinca já vale muitas noites, mas havia mais. Como os sussurros de Claudete Soares numa música de Mundo Livre S/A, os agudos de Tetê Espíndola cantando Gata Vadia, ou Gaby Amaranto, a Beyoncé do tecnobrega de Belém do Pará, ao lado da Lady Gaga do Brasil inteiro, Maria Alcina.

    “É uma homenagem pelo conjunto da obra desses artistas”, diz Faour. “Ao mesmo tempo em que o fake faz sucesso hoje em dia, cantores que ajudaram a transformar a música brasileira são dados como mortos em vida. Esse prêmio é o meu presente para o público”.

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    A busca por autenticidade foi o norte da edição deste ano: Por uma MPB com mais tesão. Segundo Faour (que é, ao mesmo tempo, o único jurado e o patrocinador exclusivo do próprio prêmio), quem deixa a MPB mais sexy é Vanuza (troféu Musa Loira Bombshell), Tetê Espíndola (Gata Sexy), Claudete Soares (Bossa Sexy), Cauby (Hors Concours), Flávio Renegado (Black is Beautuful), Maria Alcina (Tropicalista Abusada), entre outros. Apesar da inegável qualidade musical, quase nenhum deles toca nas emissoras de rádio.

    “Meu objetivo é acabar com as fronteiras: isso é chique, isso é brega”, afirma Faour. “Os artistas costumavam experimentar muito mais. A música brasileira era menos careta. Essa sempre foi a arte que melhor nos representou. A história do Brasil pode ser contada pela letra, pelo ritmo e pela postura dos artistas da MPB”.

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    Pesquisador musical há mais de uma década, Faour é autor de biografias de Cauby Peixoto e Claudete Soares e do livro História Sexual da MPB, que deu origem a um programa de rádio, na MPB FM carioca, e um de televisão, no Canal Brasil. Nesta quinta-feira, lançou O Brasil de Inezita Barroso, caixa com os CDs da cantora, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, em São Paulo.

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    Com a intenção de “dar a César o que é de César”, como resume Faour, ele faz o possível e o impossível para resgatar personagens históricos da música brasileira. Perla será a próxima. “Eu me sinto insultado pela inexistência de um DVD da Perla”, brinca. Enquanto não grava um exclusivo, a cantora paraguaia pode ser vista no DVD Sexo MPB – O Show,que reúne os 21 premiados com o troféu do ano passado. Algumas pérolas: Ai que saudade da Amélia na voz de Ãngela Ro Ro, Sabiá Marrom, cantado por Alcione, e Fernando Abreu interpretando Rita Lee.

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    “Não aguento mais só Chico Buarque e Tom Jobim”, desabafa Faour. “Eles são ótimos, mas não são os únicos”. Quem assistiu ao show desta quarta-feira assina embaixo.

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