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Lula levou a sério o parecer de Eduardo Paes, caiu fora da quermesse bolivariana e não deu as caras em Maricá

Com o sumiço da estrela maior, a plateia do Festival Internacional da Utopia teve de contentar-se com Suplicy, Jandira Feghali, Jean Wyllys e outros figurantes

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h25 - Publicado em 25 jun 2016, 14h05
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    Os organizadores do I Festival Internacional da Utopia, patrocinado pela prefeitura de Maricá, resolveram abrir o desfile de atrações programado para a Tenda dos Pensadores com a apresentação conjunta de uma celebridade internacional e da estrela maior do evento. Na quarta-feira, ao lado da pediatra cubana Aleida Guevara March, Lula reprisaria ─ de graça ─ a palestra que antes da Lava Jato custava 400 mil dólares. Mas o ex-presidente não deu as caras na cidade fluminense.

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    Tanto a plateia quanto a filha de Che Guevara mal disfarçaram a decepção com a dupla escalada para substituir o grande ausente. Depois da apresentação de Aleida, os discípulos que lá estavam para ouvir a palavra do mestre foram presenteados com outra declaração de guerra ao imperialismo ianque berrada por João Pedro Stédile e por uma discurseira do prefeito Washington Quaquá, patrocinador do encontro de utópicos.

    Quaquá explicou que, por ter sido concebido para discutir alternativas para o capitalismo, “é obvio que o festival ganhou características de resistência ao golpe”. Em seguida, tentou inutilmente animar os companheiros gritando um previsível “Fora, Temer!” A abertura anêmica puxou a procissão dos coadjuvantes de quinta categoria e veteranos canastrões que passaram nos dias seguintes pela Tenda dos Pensadores.

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    A deputada Jandira Feghali, por exemplo, discorreu sobre a modernidade do PCdoB. O deputado federal Jean Wyllys celebrou o crescimento do PSOL e condenou à danação eterna os preconceituosos que não dão sossego a minorias majoritárias. O ex-senador Eduardo Suplicy reiterou que descobriu há quase 20 anos a cura para todos os males do Brasil. Chama-se Renda Mínima.

    O filme encomendado para divulgar o festival (acima) garantiu que Maricá seria o cenário de uma espécie de Woodstock bolivariano, com muita música revolucionária, muita dança revolucionária, muita arte revolucionária, além de esclarecedoras discussões entre jovens candidatos a revolucionário e pensadores experimentados — todos em busca de “um mundo melhor”. O vídeo abaixo, que registra alguns momentos do primeiro dia, informa que a promessa dificilmente seria cumprida.

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    Os organizadores da quermesse esquerdista continuam acreditando que, no sábado, Dilma Rousseff aparecerá para encerrar o festival com uma caminhada pela pelas ruas do lugar. Mas a presidente despejada do Planalto decerto seguirá o exemplo de Lula, que atribuiu o sumiço a vagos “compromissos em Brasília”.Muito mais provável é que o ex-presidente tenha lembrado o que ouviu de Eduardo Paes em março deste ano.

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    Numa conversa grampeada pela Polícia Federal, o prefeito do Rio foi assaltado por um surto de sinceridade. “O senhor é uma alma de pobre”, disse Paes no meio da ligação, ao entrar na história do sítio que Lula jura não ter em Atibaia. “Eu falo o seguinte: imagina se fosse aqui no Rio esse sítio dele, não é em Petrópolis, não é em Itaipava. É como se fosse em Maricá. É uma merda de lugar, porra”.

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    Lula deve achar que até Eduardo Paes é mais confiável que Quaquá.

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