Minutos antes da entrega das medalhas ao segundo e ao terceiro colocados na disputa do título de Homem sem Visão de Setembro, a vice-campeã Ideli Salvatti, ainda na platéia, pediu a palavra para uma questão de ordem: “Posso somar minhas duas medalhas de prata e trocar por um troféu de HSV?”, berrou. Diante da negativa da Comissão Organizadora, a medalhista reincidente avisou que concorrerá de novo. “Ainda faltam três meses para o fim do ano”, lembrou. “Meu assessor predileto acha que tenho chance”.
José Antônio Toffoli soube da conquista da medalha de bronze durante a sabatina no Senado. “Tive que controlar a emoção”, confessou. “Contei a um grupo de parlamentares amigos e eles me disseram que agora acabou essa conversa de currículo sem currículo”. Com voz embargada, declamou a promessa: “Vou piorar a imagem nos próximos meses com as minhas decisões no Supremo”. Ao saber da homenagem de Tarso Genro, que dedicou bonitos versos aos derrotados, o bacharel de toga decidiu comprar um livro do ministro da Justiça. “Sete já foram vendidos. O Tarso pode contar com o oitavo, porque me identifiquei com o tema das poesias”.
Inconformado com o quarto lugar, Lêdo Ivo, porta-voz da Academia Alagona de Letras, informou que os imortais estaduais vão partir para a radicalização. “Já convencemos Fernando Collor a aceitar a imortalidade de Renan Calheiros”, garantiu, antes de revelar a carta guardada na manga do fardão: “Vamos exigir que o governador conceda o título de cidadã alagoana à Mônica Veloso, publicar em livro as legendas das fotos que saíram na Playboy e imortalizar também a segunda patroa do Renan”.