Assine VEJA por R$2,00/semana
Augusto Nunes Por Coluna Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Gilmar enriquece o capítulo brasileiro da história universal da infâmia

O ministro finge ignorar que o indulto forjado por Michel Temer foi concebido para livrar da cadeia corruptos de estimação

Por Augusto Nunes Atualizado em 1 dez 2018, 07h15 - Publicado em 1 dez 2018, 07h15
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Na sessão do Supremo Tribunal Federal desta quinta-feira, o ministro Gilmar Mendes caprichou na pose de juiz dos juízes para reiterar que enxerga nos brasileiros sem toga um ajuntamento de idiotas. Decidido a justificar o indulto concebido por Michel Temer para livrar da cadeia corruptos de estimação, Gilmar enriqueceu o capítulo brasileiro da história universal da infâmia com dois falatórios capazes de deixar ruborizados até chicaneiros patológicos.

    Publicidade

    No primeiro, o doutor em tudo avisou que libertar bandidos em louvor do Natal é atribuição privativa do presidente da República, que pode fazer o que quiser. Pode, por exemplo, tratar a pontapés a lei, a ética, a sensatez, a moralidade e a Constituição. O chefe do Executivo, ressalvou Gilmar, “está submetido aos custos políticos da concessão do indulto”. Tradução: os insatisfeitos que votem contra Temer nas próximas eleições. Haja safadeza.

    Publicidade

    No segundo falatório, o ministro da defesa de culpados tentou contestar a informação divulgada pelos procuradores engajados na força tarefa da Lava Jato: se o texto forjado por Temer permanecer intocado, 22 dos 39 alvos da operação encarcerados no Paraná serão contemplados com o perdão. Depois de qualificar a constatação de “propaganda enganosa e pouco responsável”, Gilmar ampliou seu vasto acervo de tapeações em juridiquês de porta de cadeia.

    “Dos 22 ditos beneficiados, 14 são delatores que já estavam livres do cárcere”, disse. “Já estão a salvo, mas por ato do Ministério Público Federal”. Se não sabe a diferença entre indulto e prisão domiciliar, Gilmar não pode ser ministro por excesso de despreparo. Se sabe e finge que não sabe, não merece ser ministro por excesso de cinismo.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.