Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Em mais uma derrota do governo, ampliação do Regime Diferenciado de Contratação não é aprovada no Senado

JÚLIO MORENO* Senado Federal, tarde de terça-feira, 57 senadores presentes. Com a palavra, no centro do plenário, a senadora Kátia Abreu (PMDB/TO): “Senhor Presidente, eu gostaria de fazer um apelo à senadora Gleisi Hoffmann, que relatou com muita competência a MP 630/13. (…) Meu apelo à senadora é que, apesar de concordar com muitos pontos […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 03h49 - Publicado em 20 Maio 2014, 22h21

Gleisi-Hoffmann

JÚLIO MORENO*

Senado Federal, tarde de terça-feira, 57 senadores presentes. Com a palavra, no centro do plenário, a senadora Kátia Abreu (PMDB/TO): “Senhor Presidente, eu gostaria de fazer um apelo à senadora Gleisi Hoffmann, que relatou com muita competência a MP 630/13. (…) Meu apelo à senadora é que, apesar de concordar com muitos pontos que ela demonstra no seu relatório, eu peço a ela que pudesse haver um recuo para nós aprovarmos hoje a MP na sua forma original”.

Com a palavra, da tribuna, a senadora Gleisi Hoffmann: “Não tenho como retirar, obviamente, o parecer que eu apresentei, porque é um parecer já votado na Comissão Mista e na Câmara dos Deputados. Portanto, não me cabe, não me pertence mais o direito de retirá-lo. O que penso diante dos apelos da senadora e de diversas conversas que tive com líderes dos partidos desta Casa, é não me opor à votação do requerimento, que foi iniciado aqui na semana passada, de preferência do texto original”.

Continua após a publicidade

Com essa troca de palavras, selou-se um acordo que resultou na rejeição da MP 630/13 na forma como Gleisi Hoffmann propusera, ou seja, generalizando o uso do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para todas as obras públicas. Em vez disso, foi aprovado o texto original da Presidência da República, que prevê ampliar o instrumento apenas para as obras de presídios e unidades socioeducacionais. O texto volta agora para a Câmara examinar até o dia 2 de junho, quando a MP perderá sua validade.

Inicialmente, o RDC foi criado para as obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas e, aos poucos, estendido para o PAC e outros grandes empreendimentos públicos. Sua generalização para todo tipo de obra pública da União, dos estados e dos municípios foi duramente combatida por mais de uma dezena de entidades de arquitetura e engenharia do País, além de alguns sindicatos ligados às pequenas e médias construtoras.

Continua após a publicidade

“Embora não tenhamos conseguido tudo o que pretendíamos, a extinção plena do RDC já foi uma enorme vitória, obtida pelo trabalho conjunto do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) com todas as entidades de arquitetos e diversas outras de engenheiros”, afirmou o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro. “Agora, prosseguiremos no trabalho que já vínhamos realizando no Senado Federal, objetivando a melhor revisão da Lei 8.666/1993, especialmente com a exigência do projeto completo para licitações de obras públicas e com a universalização da licitação pela modalidade concurso público para escolha dos projetos de obras públicas”.

Tudo foi muito bem costurado nos bastidores e tanto a oposição quanto a situação acabaram satisfeitas. A oposição porque já propusera a aprovação apenas do texto original. E, a situação, porque acha que perdeu a batalha, mas não a guerra. Explica-se. Fez parte de acordo entre as lideranças que o Senado vai acelerar a votação da revisão da Lei Geral das Licitações (8.666/73), matéria que se arrasta na Casa há anos. A relatora é justamente a senadora Kátia Abreu, que também propôs nesta terça-feira que seja realizada uma sessão única das três comissões permanentes do Senado (Infraestrutura, Assuntos Econômicos e Constituição e Justiça) para discutir o projeto.

Nessa ocasião, poderão ser incorporados à revisão itens da versão da MP 630/13 proposta por Gleisi Hoffmann. Como ela reafirmou sua convicção de que o RDC amplo e irrestrito é bom, a senadora vai insistir no assunto. Portanto, a discussão ainda não acabou, mas a pressa de fazer tudo sem muito debate foi derrotada.

Continua após a publicidade

*Júlio Moreno é assessor de imprensa do CAU/BR 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.