Começou a votação na enquete que apontará o ganhador do título de Homem sem Visão de Novembro. Inscritos voluntariamente ou por determinação dos leitores-eleitores, oito feras estão na disputa.
Chefe da Casa Civil, o Herói da Rendição continua enxergando em Aloizio Mercadante o melhor ministro da Fazenda que o Brasil não teve. Foi ele quem achou uma boa ideia a demissão coletiva do primeiro escalão. Os colegas discordaram.
Gilberto Carvalho
Caixa-preta especializada em assuntos de Santo André e coroinha de missa negra, Gilberto Carvalho só notou que Lula conversava mais do que Dilma com a base alugada depois de notificado da iminente perda do emprego. O secretário-geral da Presidência deverá ser rebaixado a secretário particular do presidente do Instituto Lula.
Humberto Costa
Líder do governo no Senado, a Patativa de Pernambuco não conseguiu ver nada de mais no escândalo da Petrobras até que o Brasil ficou sabendo que o companheiro pernambucano faz parte da multidão de beneficiários do esquema corrupção. Por enquanto, ele se recusa a enxergar o milhão de reais que embolsou na campanha de 2010.
João Vaccari Neto
Tesoureiro nacional do PT, vem acumulando há muito tempo o cargo de despachante do partido para negociatas na Petrobras. Não viu nada de errado nas maracutaias que ajudou a consumar. E acha muito justo engordar a renda mensal com os cachês que recebe para não participar das reuniões do Conselho Administrativo de Itaipu.
Kátia Abreu
Até a posse de Dilma Rousseff, a senadora Kátia Abreu enxergou na Era Lula “o governo dos 100 escândalos”. Depois de virar amiga do poste instalado no Planalto pelo chefe da seita, a volúvel musa da agropecuária viu em Dilma uma estadista e em Lula um bom companheiro. Para tornar-se ministra da Agricultura, finge que não vê o MST.
Renan Calheiros
Antes que o afilhado Sérgio Machado, presidente da Transpetro desde 2003, aparecesse no pântano do Petrolão, o padrinho Renan Calheiros enxergou no governo um aliado incômodo. Mudou de ideia com o afastamento de Machado. Para devolvê-lo ao emprego, o presidente do Senado topa até estuprar a Constituição.
Renato Duque
Diretor de Serviços da Petrobras até 2012, o companheiro Renato Duque enxergou nas propinas do Petrolão um instrumento de redução dos abismos sociais. Enquanto ajudava a financiar as campanhas do PT, garantiu com milhões de dólares depositados em contas no exterior uma velhice de dar inveja a banqueiro suiço. Até agora, jura não ver um ladrão quando se olha no espelho.
Romero Jucá
Até o segundo turno da eleição presidencial, o cacique do PMDB de Roraima foi candidato a líder do governo Aécio Neves no Senado. Depois da apuração, tornou-se candidato a líder do governo Dilma Rousseff no Senado. Quando necessário, lê projetos de lei com a velocidade de locutor de futebol e não consegue ouvir os palavrões dos descontentes. Apoia todos os governos desde que aprendeu a dizer “amém” com as enfermeiras do berçário.