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Augusto Nunes Por Coluna Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Bolsonaro vai às lágrimas

Quem quiser aprender como se faz uma aproximação e se estabelece a empatia, indico o filme "Frost-Nixon"

Por Hugo Studart
Atualizado em 30 jul 2020, 20h18 - Publicado em 28 set 2018, 07h45
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  • Hugo Studart (publicado em A República)

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    Um bom jornalista é sobretudo um confessor, espécie de confidente profissional sempre pronto a emprestar o ouvido amigo a fim de obter boas histórias e informações relevantes. Por vezes aproveita da fragilidade do alvo, outras, da vaidade…

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    Augusto Nunes, comentarista da Jovem Pan, mostrou como se faz uma entrevista em seu encontro com Jair Bolsonaro no hospital. Abstenham o entrevistado (poderia ser o Lula) e observem a técnica apurada do confessor. Obteve informações relevantes e até levou o entrevistado a chorar. Eis o parecer do mestre José Roberto Guzzo, que foi chefe e professor de Augusto:

    “Enquanto houver profissionais como Augusto Nunes em atividade na imprensa, o jornalismo não estará morto no Brasil. Sua entrevista com Jair Bolsonaro na Jovem Pan levou ao público informação de primeira qualidade, mostrou o que ninguém tinha mostrado e foi um ato de coragem”.

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    Augusto também sabe fazer o estilo agressivo quando for pertinente. Refiro-me tanto ao modelo do Roda Viva com os presidenciáveis, quanto aquele protagonizado por William Bonner & Renata Vasconcelos no Jornal Nacional.

    É um estilo válido, celebrizado nos anos 1960 a 80 pela jornalista italiana Oriana Fallaci, militante comunista engajada. A esquerda amava aquela agressividade nas entrevistas com líderes internacionais de direita.

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    Diante de Oriana, uma leoa preparadíssima, Bonner é quase inofensivo. Adeptos de Bolsonaro ou de Haddad não têm que ficar de mi-mi-mi com essas entrevistas-paredão. Pois se o candidato almeja enfrentar predadores como Trump, Putin ou Merkel, é sempre bom passar por essas preliminares locais.

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    Prefiro o estilo protagonizado por Augusto Nunes na entrevista com Bolsonaro. Talvez porque eu seja melhor com os ouvidos do que os punhos. Mas foi assim, como confidente privilegiado, que consegui construir o livro “A Lei da Selva” (fundamentado em confissões de militares), como também “Borboletas e Lobisomens”, no qual guerrilheiros, militares e camponeses revelam alguns de seus segredos mais ocultos.

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    Quem quiser aprender como se faz uma aproximação e se estabelece a empatia (as organizações hoje chamam de rapport), indico o filme “Frost-Nixon”, de 2008, que relata todo o processo de construção da célebre entrevista na qual o jornalista David Frost consegue arrancar lágrimas e a confissão de culpa do ex-presidente Richard Nixon. Compartilho, como degustação, um trecho do filme.

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