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A queda de Cunha desobstrui o caminho que Dilma percorre rumo ao cadafalso

Só haverá esperança de salvação para quem conseguir afinar-se com a voz das ruas

Por Augusto Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h49 - Publicado em 5 Maio 2016, 23h13

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Na madrugada desta quinta-feira, na abertura do programa que trataria do iminente despejo da inquilina do Planalto, Jô Soares fez de conta que o que lhe tirava o sono não é o que Dilma Rousseff faz há mais de cinco anos, mas o que poderia fazer Eduardo Cunha em dois ou três dias de interinidade caso o titular Michel Temer tivesse de viajar.

“Já imaginaram o Cunha presidente?”, alarmou-se o apresentador. A cara de patriota aflito avisou aos gritos que o programa fora gravado horas antes ─ e envelhecera irremediavelmente. Quando foi para o ar, o ministro Teori Zavascki já havia mandado para o espaço o motivo da insônia de Jô.

A decisão, que deverá ser aprovada nesta tarde pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, reafirma que maio será um mês especialmente generoso com o o país que presta. O fim do reinado de Eduardo Cunha é mais que uma ótima notícia para quem não tem bandidos de estimação.

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É também uma chance oferecida à Câmara dos Deputados para ficar menos parecida com um clube de cafajestes cujos sócios se absolvem mutuamente e, quando o camburão se aproxima, escapam pela trilha do foro privilegiado. Enfim, o STF arriou outra bandeira malandra dos milicianos do PT, dispensados desde hoje de saírem por aí berrando “Fora Cunha!”

Agora será mais fácil enxergar as coisas como as coisas são. Por exemplo: os crimes que colocaram Cunha na mira da Lava Jato foram praticados durante o governo Lula, que lhe entregou as chaves dos porões de Furnas. E o parlamentar do PMDB fluminense foi até outro dia um bom companheiro dos poderosos patifes que avançam rumo ao penhasco.

Se é improvável que outro parlamentar tocasse o processo de impedimento de Dilma com tanta celeridade e eficácia, também é certo que um presidente da Câmara com mais apreço pela lei teria endossado sem tanta demora a ação de despejo. Convém lembrar que os brasileiros decentes jamais acreditaram na inocência de Cunha. Fez-se a vontade dos homens de bem.

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O impeachment que será formalizado pelo Congresso, não custa lembrar, nasceu nas ruas, cresceu nas ruas e ganhou musculatura nas ruas. Já era uma imposição nacional quando foi encampado pelos partidos de oposição e, depois, pelos governistas que pressentiram o fim. A Câmara fez o que quis o povo, representado por milhões de manifestantes. E assim será no Senado.

Michel Temer chegará à Presidência por determinação constitucional. No próximo programa, Jô Soares talvez se assuste com a ideia de vê-lo no lugar de Dilma. Alguém precisa lembrar-lhe dois detalhes relevantes. Primeiro: Temer se elegeu vice, duas vezes, graças ao PT. Segundo: Temer só conseguirá governar se conseguir entender-se com a nação que acordou.

Não há chances de salvação para quem não estiver afinado com a voz das ruas.

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