A coleta de corruptos no Rio chegou à Famiglia Picciani
A ofensiva desta terça-feira avisa que a devassa das catacumbas não será interrompida
A chegada do camburão a alguns endereços da Famiglia Picciani avisa que não será interrompida a profunda mudança na paisagem do poder em curso no Rio de Janeiro. Depois de Sérgio Cabral e seu bando de gatunos disfarçados de secretários e assessores, depois dos empresários envolvidos no assalto aos cofres públicos como Eike Batista e Fernando Cavendish, depois de Ricardo Teixeira e seus trombadões da CBF, a ofensiva anticorrupção chegou aos donos do Legislativo estadual.
A devassa das catacumbas apenas começou na Assembleia, ainda não terminou no Executivo ─ Luiz Fernando Pezão continua homiziado no gabinete do governador ─ e nem chegou ao Judiciário. Mas os delinquentes já enquadrados são suficientemente numerosos para que os melhores restaurantes cariocas estejam lamentando a perda de dezenas de clientes que jamais consultaram o preço antes de escolher pratos e bebidas.
Em compensação, a freguesia já não tem tantas semelhanças com o quadro social de um faminto e sedento clube dos cafajestes.