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‘MADAME PIDONA’, de Miguezim de Princesa: a Marquesa de Santos de Dom Pedro III já virou personagem de cordel

Em 20 de outubro de 2009, a coluna publicou o cordel “Um PAC com a Dilma”, de Miguezim de Princesa. Passados três anos, nosso poeta popular continua em ótima forma: divididos em dez estrofes, os versos de “Madame Pidona” traçam o perfil e resumem o estilo de Rosemary Noronha, a Marquesa de Santos de Dom […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 07h19 - Publicado em 29 nov 2012, 15h46
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  • Em 20 de outubro de 2009, a coluna publicou o cordel “Um PAC com a Dilma”, de Miguezim de Princesa. Passados três anos, nosso poeta popular continua em ótima forma: divididos em dez estrofes, os versos de “Madame Pidona” traçam o perfil e resumem o estilo de Rosemary Noronha, a Marquesa de Santos de Dom Pedro III.

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    O Brasil Maravilha que Lula inventou tornou-se uma capitania saqueada por quadrilhas federais protegidas por governantes de quinta categoria, que se mantêm no poder graças ao apoio de incontáveis vigaristas e da imensidão de cretinos fundamentais prontos para retribuir com o voto a esmola que garante a vida não-vivida. Os idiotas precisam de educação. A bandidagem precisa de cadeia.

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    O julgamento do mensalão mostrou que as coisas estão mudando. Enquanto a merecida punição não vem, meliantes apadrinhados por Lula e protegidos por Dilma Rousseff devem ser castigados com o sarcasmo, o deboche, o desprezo e a repulsa dos brasileiros decentes. Os versos do cordelista paraibano, por exemplo, doem mais que uma noite na cela. (AN)

    MADAME PIDONA

    (Miguezim de Princeza)

    I
    Que madame mais pidona:
    Pedia sapato e bebida,
    Brinco, anel e trancilim,
    Colírio e furosemida,
    Pedia até cirurgia
    Pra enfeitar a “perseguida”.

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    II
    No dia que ia almoçar
    No rodízio de espeto,
    Comia picanha, javali,
    Coelho, sushi e galeto,
    Depois indicava o besta
    Para pagar o boleto.

    III
    Chefiando o gabinete
    Da ilustre presidente,
    Madame não se cansava
    De tanto pedir presente
    E, quando via um pacote,
    Ela arreganhava os dentes.

    IV
    No Air Force Fifty One,
    Pra cima e pra baixo andava,
    Curruchiando com os homens
    A quem demais agradava,
    Enchia a bolsa de tudo
    E ninguém a revistava.

    V
    O segredo de agradar
    Tanto senhor afamado
    É que ela todo ano
    Reunia o apurado
    Para cuidar de um lugar
    Por demais apreciado.

    VI
    Depois de tudo cuidado,
    Botava pra derreter,
    Fazia o maior salseiro
    Na hora do vamos-ver,
    Inda pedia ao freguês
    Para dar o parecer.

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    VII
    Tinha parecer de cem,
    De trezentos e de 1 milhão.
    Quando ela estava inspirada,
    Deitava touro no chão
    E elogiava o besta:
    “Cabra do parecerzão!”

    VIII
    De tanto queimar em brasa,
    Formaram uma comissão
    Para diminuir um pouco
    Toda aquela comichão:
    Chamaram um homem das águas,
    Outro da aviação.

    IX
    Para completar o time
    Do ar, da água e do chão
    E o parecer completo
    Render uma boa comissão,
    Chamaram um advogado
    Que já tinha parte com o cão.

    X
    Madame era tão pidona
    Que chegou a encomendar
    A Miguezim de Princesa
    Um verso a lhe elogiar,
    Mas o poeta, cabreiro,
    Respondeu-lhe bem ligeiro:
    “Deus me livre de ir lá!”.

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