Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

‘Crime sem Castigo’, por Carlos Brickmann

PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN CARLOS BRICKMANN O jogador Bernardo, titular do Vasco da Gama, foi sequestrado e torturado por traficantes no Complexo da Maré, no Rio – e só não foi morto, pelo que disseram dois outros jogadores que assistiram aos espancamentos e choques (e depois se desmentiram), por medo de que a Polícia […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h21 - Publicado em 29 abr 2013, 21h00

PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN

4119_caduglaucointjpg

CARLOS BRICKMANN

O jogador Bernardo, titular do Vasco da Gama, foi sequestrado e torturado por traficantes no Complexo da Maré, no Rio – e só não foi morto, pelo que disseram dois outros jogadores que assistiram aos espancamentos e choques (e depois se desmentiram), por medo de que a Polícia ocupasse a favela. Motivo do crime: o caso de Bernardo com Daiane, namorada do traficante Marcelo Santos das Dores, o Menor P, líder da facção criminosa Terceiro Comando Puro. Daiane levou cinco tiros na perna, a sangue frio, como punição por trocar de namorado.

O Menor P esteve preso, por tráfico de drogas, de 2003 a 2007. Como prêmio por seu comportamento no presídio, recebeu o benefício da progressão de pena e passou ao regime semiaberto – trabalharia de dia e ficaria de noite na cadeia. Não trabalhou nem voltou à cadeia; retornou livremente ao crime organizado, em lugar certo e sabido. E a Polícia? Oferece R$ 2 mil de recompensa a quem o denunciar. Quem arriscaria sua vida por R$ 2 mil – e ainda sabendo que, por telefone, com hospedagem paga pelo contribuinte, ele continuaria comandando seus traficantes e, graças aos benefícios legais, estaria solto de novo em pouco tempo?

Mas o Menor P é um entre muitos. Lembra do assassínio do cartunista Glauco e de seu filho, há três anos? O matador, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, foi considerado louco e ficou em tratamento. Em três anos, veja só, sarou! A juíza Telma Aparecida Alves disse que ele será solto, embora ela não possa garantir que não voltará a cometer crimes.

Continua após a publicidade

E sua segurança, caro leitor? Deixa isso pra lá.

E os outros?
Que faziam na favela os jogadores Wellington, do Fluminense, e Charles, do Palmeiras, tão íntimos do pessoal que assistiram à tortura do colega Bernardo?

Parceiros da insegurança
O governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito petista da Capital, Fernando Haddad, cooperam para não incomodar bandidos. Até este colunista, que pouco passa pela região do Palácio do Governo, sabe que lá há assaltos constantes. A Polícia também sabe, ou deveria saber, já que os meios de comunicação não só dão a notícia como informam os locais onde há mais assaltos. Cadê a Polícia de Alckmin, que não vigia esses locais para prender os bandidos?

Eles se sentem tão à vontade que, numa ladeira, construíram uma lombada para reduzir a velocidade dos carros e facilitar os assaltos. Há meses a lombada ilegal foi denunciada; a Prefeitura não se mexeu para tirá-la. Iluminação? Um dia, quem sabe, chegará. Pelo jeito, é melhor quando PSDB e PT estão de mal.

Continua após a publicidade

Tirando da reta
A crise entre Congresso e Supremo tem uma só causa (as outras são pretextos): a condenação dos réus do Mensalão. Os condenados, seus companheiros de partido e outros parlamentares que se consideram em risco (e devem ter bons motivos para isso) procuram bloquear a ação da Justiça. Tudo bem que o ministro Luiz Fux os ajuda, ao dar entrevistas como aquela em que conta ter ficado amigo de infância de quem quer que pudesse ajudá-lo ao chegar ao Supremo; tudo bem que o ministro Joaquim Barbosa também os ajuda, com explosões de destempero. Mas, se não houvesse risco a parlamentares, tudo seria perdoado.

Golpe militar
O caso está no STJ: o ex-ditador Emílio Médici adotou como filha a neta Cláudia, para que ela pudesse receber pensão após sua morte. Com o falecimento do avô e da avó (que, com a adoção, tinham virado seus pais), Cláudia pediu parte da herança. Houve resistência de uma ala da família e o caso foi para a Justiça. Mas o importante não é a briga familiar: é o golpe de adotar a neta para que recebesse uma pensão à qual não teria direito. Não há outro motivo para virar filha dos avós, já que Cláudia tinha pais vivos e com eles morava.

E há quem, irritado com políticos que mamam nas tetas do Estado, defenda a volta dos militares.

Punição legal
Mas falemos também de civis. O Conselho Nacional do Ministério Público decidiu que o procurador Demóstenes Torres, aquele ex-senador do DEM goiano muito amigo do bicheiro Carlinhos Cachoeira, tem cargo vitalício.

Continua após a publicidade

Não dá para trabalhar, depois de perder o mandato de senador; então, recebe e fica em casa.

O trabalho enobrece
Dia do Trabalho, 1º de Maio. Em louvor ao enobrecedor trabalho dos trabalhadores, o Senado determinou que os senadores descansem a semana inteira.

A voz do chefe
Quinta-feira, 25 de abril, dia de serviço – menos para os prefeitos petistas de Santo André, São Bernardo, São José dos Campos, Guarulhos e Osasco, que saíram de suas cidades, no meio do expediente, para ouvir as recomendações do ex-presidente Lula. A reunião ocorreu às 15h, em São Paulo.

Talvez seja um bom sinal: deve estar tudo bem em suas cidades, para que não precisem trabalhar.

Continua após a publicidade

Pega na caxirola
Um velhíssimo instrumento com som de chocalho, o caxixi, é apresentado como novidade para a Copa pela presidente Dilma, com o horrendo nome de caxirola.

Que Copa! Vamos lá, gente, balançar o fuleco ao ritmo da caxirola!

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.