Um ranking que será divulgado hoje, globalmente, aponta um cenário que o brasileiro sente em seu dia a dia: a internet daqui é bem pior do que a que se usa lá fora. O levantamento foi feito pela Akamai, uma empresa americana que poucos conhecem, mas que está por trás da infraestrutura de serviços como Netflix, Facebook, Twitter e Amazon. Seu principal serviço é o aluguel de servidores para armazenamento de arquivos pesados, como vídeos e fotos. Para isso, a Akamai conta com 140 mil unidades dessas máquinas, espalhadas pelo planeta, e que dominam 30% do tráfego global de dados. No estudo que divulga hoje, pesquisadores da empresa analisaram 808 milhões de endereços de IP (o registro de cada aparelho conectado; ou seja, smartphones, tablets, computadores e afins) de 242 países. O Brasil, como disse, se saiu bem mal.
Com velocidade média pífia de 3,6 megabits por segundo (os Mbps), a internet brasileira nem se qualifica como de banda larga – o mínimo para tal é 4 Mbps –, em ranking liderado pela Coreia do Sul (20,5 Mbps). A média global? 5,1 Mbps. Em que colocação ficou o Brasil? 93ª. Ficamos para trás mesmo entre latino-americanos. No Uruguai, por exemplo, a velocidade é de 5,9 Mbps – ao menos estamos à frente da Venezuela, com 1,5.
Quando se considera internet realmente veloz, de ponta, o país passa ainda mais vergonha. Apenas 2,2% dos brasileiros conectados navegam a mais de 10 megabits por segundo. Entre americanos, a porcentagem é de 46%. Injusto comparar com nações ricas? Ok. No Uruguai, é 7,7%. No Chile? 7,1%. México? 6,4%. Estamos atrás até da Argentina, com 3,1%.
Em resumo, a vida online continua bem lenta aqui no Brasil.
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