A detecção de um vazamento na cápsula russa acoplada à Estação Espacial Internacional (ISS) deixou a Roscosmos e a Nasa em estado de alerta. Não haverá necessidade de evacuar os tripulantes, mas lançar uma outra nave para resgatá-los é uma possibilidade. Um grupo de especialistas determinará no final deste mês se a Soyuz MS-22 pode ser usada com segurança pelos cosmonautas e astronautas para retornar à Terra ou se deve ser descartada e substituída.
O vazamento foi identificado na semana passada, quando cosmonautas estavam prestes a sair da estação para uma caminhada espacial. O controle de missão russo abortou a missão quando especialistas em solo viram um fluxo de fluido e partículas emanando da Soyuz em um vídeo. A causa pode ser um micrometeorito ou um pedaço de lixo que atingiu um dos radiadores externos da cápsula. Tanto a Roscosmos quanto a Nasa disseram que o incidente não representa nenhum perigo para a tripulação.
A temperatura na cabine onde ficam os tripulantes subiu para 30°C. Na área de equipamentos aumentou para 40°C, mas em seguida caiu para 30°C, depois que especialistas em terra trocaram alguns dos sistemas da cápsula. A tripulação usou ventiladores no segmento russo e reduzir a temperatura no cockpit a níveis confortáveis.
Sergei Prokopyev, Dmitri Petelin e o astronauta Frank Rubio, da Nasa, usaram a Soyuz MS-22 para chegar à ISS em setembro. A cápsula estava programada para levá-los de volta à Terra em março, como parte de rotações regulares. No entanto, o lançamento de uma nova Soyuz, a a Soyuz MS-23, pode ser acelerado se necessário. A espaçonave já passou por alguns testes para o lançamento que estava agendado para março.
Quatro outros tripulantes estão atualmente no posto avançado espacial: os astronautas Nicole Mann e Josh Cassada, da Nasa; Koichi Wakata, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão; e Anna Kikina, cosmonauta da Roscosmos.