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‘Vamos lutar por um futuro’, diz ativista brasileira em greve pelo clima

A terceira edição do evento global mobilizou protestos em mais de 150 países; no Brasil, em torno de 50 cidades devem contar com atos

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 set 2019, 14h44 - Publicado em 20 set 2019, 14h25

Nesta sexta-feira, 20, milhares de pessoas saíram às ruas em mais de 150 países para protestar por ações contra as mudanças climáticas. Esta é a terceira greve global pelo clima, movimento conhecido como Fridays For Future (sextas-feiras pelo futuro), que teve início com a sueca Greta Thunberg, de 16 anos.

Em 20 de agosto do ano passado, Greta começou a matar aula sozinha, semanalmente, às sextas-feiras, para se sentar em frente ao Parlamento e reclamar da falta de ações políticas para conter o avanço das mudanças climáticas. No Brasil, a primeira manifestação aconteceu em 15 de março deste ano. Naquela data, quando o grupo brasileiro de jovens ativistas ainda estava aprendendo a se organizar, com um planejamento de apenas quatro dias para se articularem, 24 cidades participaram da primeira greve nacional pelo clima. Quase seis meses depois, a expectativa é que mais de 50 municípios registrem ações no terceiro movimento global.

Entre os primeiros que se mobilizaram no Brasil, Nayara Almeida, de 21 anos, acredita que a manifestação será maior do que a estimada. “Nem todos os ativistas climáticos pelo país entram em contato antes do ato”, explicou. Para ela, às vésperas da cúpula do clima que acontecerá em Nova York na próxima segunda-feira, 23, o objetivo é mostrar para o mundo que a juventude brasileira também quer mudanças. “A gente espera que o nosso ato seja grande o suficiente para comprovar o que nós queremos. Precisamos de políticas climáticas mais rígidas, ambiciosas e efetivas e, em especial, dentro do nosso país. Estamos passando por uma situação delicada. Houve corte de verbas para o combate à mudança do clima e já sabemos que estamos em uma crise climática”, afirmou.

Além disso, Nayara acredita que essa é uma forma de os jovens aprenderem a valorizar um espaço de fala que foi conquistado nas ruas e com as redes sociais. “A gente não tem muita representatividade política, como jovens. E a verdade é que nós não escolhemos ser ativistas climáticos, somos forçados a fazer isso porque a geração anterior falhou em evitar que esse problema acontecesse. Agora temos que valorizar o espaço que conquistamos. Estamos nas ruas porque temos que garantir o nosso futuro. Se não fizermos isso, quem fará? Não podemos contar com a geração anterior”, declarou.

Em julho, Greta Thunberg, o rosto das manifestações ambientalistas ao redor do planeta, concedeu uma entrevista com exclusividade a VEJA. Ao pensar sobre o risco que alguns manifestantes correm em diferentes países, principalmente no Brasil, onde 57 ambientalistas foram assassinados em 2017, ela reconheceu o esforço coletivo. “Há países em que os manifestantes podem ser presos, ou pior. Admiro muito os jovens que mesmo assim protestam sob essas condições. Fico triste em saber que esses colegas não têm garantida a mesma liberdade que eu tenho na Suécia. Esse é mais um motivo pelo qual nós, cidadãos de países ricos, onde há essa liberdade, temos o dever de nos posicionar. Farei tudo o que posso para também ser uma voz para aqueles que não podem falar”, declarou então.

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